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RESENHA CRÍTICA "CLUBE DOS CINCO"   
por Jonatas Turcato Syrayama - syrayama@yahoo.com.br  
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CLUBE DOS CINCO - (Foto Divulgação)

CRÍTICA - CLUBE DOS CINCO: Trata de mais um filme de adolescentes na escola? Sim. É igual aos outros? Não!
Dirigido por John Hughes o filme conta a história de John, Andrew, Allison, Claire e Brian, cinco adolescentes que , por castigo, tem que passar um sábado inteiro na escola e compor uma redação de mil palavras sobre “quem eles são”. Mas será que eles realmente sabem quem são?
O filme começa como todos os filmes de adolescentes mostrando de forma bastante incisiva os estereótipos que conhecemos: o aluno rebelde, a patricinha, a esquisita, o atleta e o CDF. Neste momento você pode traçar uma linha e separar os protagonistas (personagens principais), os antagonistas (personagens que vão na contramão dos antagonistas) e os coadjuvantes (personagem secundário). John, o rebelde chega a irritar todos, provocando não só o professor, mas também os outros alunos. Andrew e Claire parecem ser os certinhos, os populares e Allison e Brian os esquisitos.
No decorrer da história os estereótipos são quebrados. Eles percebem que apesar de serem tão diferentes, também tem muito em comum. Quando eles se sentam e começam a falar de problemas com os pais, as pressões da vida adolescente e os problemas que os levaram a cumprir o castigo no fatídico sábado o clube se forma, não há mais antagonistas, ou coadjuvantes, apenas um protagonista: o clube dos cinco. O clube parece agregar os cinco, como se todos os problemas fossem um só, como se todos os medos e angustias pertencessem a todos ao mesmo tempo, ali eles compartilham medos, amores, ilusões e sonhos.

Quebrando alguns estereótipos na escola (Relatos de um Professor)
O que é um estereótipo? “Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas...” (Wikipédia)
Dê ênfase a parte em que diz “limitar pessoas”. O filme o Clube dos Cinco difere dos demais filmes de adolescentes porque ele constrói e destrói os estereótipos que estamos acostumados a ver. As personagens são tão ricas e humanas que fica impossível você “limitar” elas a apenas idéias pré-concebidas. Veja alguns exemplos:
O personagem John Bender, o “bandido” da história, mostra-se o rebelde, aquele tipo aluno que todos os professores odeiam, mas no filme podemos entender sua rebeldia quando ele conta sobre sua vida familiar, a origem de toda a violência (familiar) e no decorrer da história, ele dá boas demonstrações de bom caráter.
Um dos mistérios do filme é Brian: o que um CDF estaria fazendo de castigo num sábado, junto com John , por exemplo? (spoiler) Todos ficam chocados por que Brian estava de castigo porque tinha uma arma dentro de seu armário. Brian havia tirado uma nota zero em uma das disciplinas e a pressão de ter notas baixas e as cobranças familiares quase o levam a cometer suicídio.
Trabalho como educador há mais de dez anos e mesmo assim acho que a educação é mutante. Um ser mutante que não para de se transformar e que sempre precisa ser vista, analisada e testada de formas diferentes e dinâmicas. Em sala de aula as vezes caímos em lugar comum e a dificuldade que muitas vezes também dificultam nossa atividade docente, não nos deixa enxergar o óbvio. Uma carga horária extensa, atividades em diversas escolas, podem nos fazer a massificar nossas tentativas e massificar nossos alunos. Quantas vezes não olhamos um aluno “este é o terrível” e “aquele é o estudioso”? Um filme como o Clube dos Cinco nos leva a reflexão do ser humano, o alunos, as pessoas... Somos carregados de preconceitos milenares que podem embotar nossa percepção, mas devemos lembrar que a educação (como sugere Paulo Freire) é do homem para o homem. O homem deve ser educado pela sociedade e para a sociedade. Então é nosso dever quebrar alguns preconceitos, paradigmas e estereótipos que mascaram a real beleza do ser humano e de suas potencialidades. E não me diga que você não acredita no ser humano, senão você nem estaria lendo este artigo de outrem. Estaria eremita em sua caverna de solidão. O homem é uma criatura de coletividade, de amor e paixão. Ou será que não? Seria isto um estereótipo também?

FICHA TÉCNICA
Ficha Técnica
Título Original: Breakfast Club
Gênero: Drama
Duração: 93 min.
Ano: EUA / 1985
Distribuidora: Universal Pictures
Direção e roteiro: John Hughes 

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Crítico: Jonatas Turcato Syrayama - Crítico de Cinema - syrayama@yahoo.com.br

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© Cranik - FILME: CLUBE DOS CINCO