CRÍTICA - PONTO FINAL

Crítica Especial do Filme "PONTO FINAL" 
por Renato Alves – Jornalista e Professor de Cinema - rjasss@hotmail.com
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Filme - Ponto Final
PONTO FINAL - (Playarte)

Escrito e dirigido por Woody Allen

CRÍTICA:
MATCH POINT (Ponto Final)
- A história - O irlandês Jonathan Rhys-Meyers (Feira das vaidades) interpreta Chris Wilton, ex-tenista que acredita em golpes de sorte. Recém-chegado na cidade, vira instrutor de Tom Hewett (Matthew Goode) e, por obra do acaso, se aproxima da irmã dele, Chloe (Emily Mortimer). Os modos educados e a estirpe esportiva gabaritam Chris a frequentar a casa de campo dos opulentos Hewett. Ele não demora a ser visto como pretendente perfeito para Chloe. Casam-se rápido. Acontece que no caminho há uma moça dos Estados Unidos. Nola (Scarlett Johansson) é a namorada da vez do pacato Tom, instável aspirante a atriz (para desespero da potencial sogra) hospedada em Londres para fugir da vidinha interiorana na América. Enquanto a mirrada Chloe sintetiza a fleuma inglesa, Nola é o lascivo Mundo Novo. A boca carnuda, o busto farto, o jeito de diaba incontida... Claro que ela arrebata corpo e mente de Chris Wilton - que, afinal, como todo irlandês, sabe o que é ter sangue quente nas veias. Tudo isso não vai acabar bem, como Allen já sinaliza no começo do filme, quando mostra Chris folheando Crime e castigo, de Dostoievski. A referência ao clássico russo permeia Match point - desde o dilema moral, de modo geral, até citações particulares, como o crime e o perrengue na delegacia, diante do esperto detetive.
Com Woody Allen não tem meio termo. Ou se ama de paixão e participa imediatamente de seu fã clube ou se odeia e acha o diretor simplesmente patético. Eu faço parte da primeira opção e nunca me arrependi disso. O cineasta e ator de setenta anos mantém uma média invejável de um filme por ano, mas suas últimas comédias nova-iorquinas não foram bem nas bilheterias – o que é sempre um grande injustiça contra Allen. Em Ponto Final seu talento para dirigir atores e sua veia cômica e trágica na mesma proporção está em grande forma. Primeiro, deslumbre a maneira como Allen filma a cidade de Manhattan e se deixa levar por ela. Tudo narrado com poesia visual, musical e muita paixão.
O final leva a reflexão e deixa a sensação de quem não gosta do trabalho de Woody Allen não entende ou não quer entender nada sobre a sétima arte.

Direção: Woody Allen
Distribuidora: Playarte
Duração: 124 min.
Gênero: Drama/Romance

Filme:

Ótimo: 
Bom:   
Regular:

Crítico: Renato Alves – Jornalista e Professor de Cinema - rjasss@hotmail.com  

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