RESENHA CRÍTICA DO FILME "ROCKY BALBOA"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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ROCKY BALBOA - (FOX FILM) - Foto Divulgação
ROCKY BALBOA
Crítica - ROCKY BALBOA - E no meu lado
direito... de calção vermelho... duas vezes campeão
mundial dos pesos pesados, ele, o ‘o garanhão
italiano’, Rockyyyyy Ballllboa”, é isso mesmo,
provavelmente essa frase foi dita pela última vez
nas telas do cinema, e para a felicidade geral, a
história do maior azarão da história do boxe,
termina com um belo último assalto.
O ano era 1976, e com um orçamento de pouco mais de
um milhão, filmado em 28 dias, “Rocky- Um Lutador”
chegou aos cinemas e logo se tornou um sucesso,
chegando a ganhar tanto o Globo de Ouro quanto o
Oscar, o primeiro assalto com certeza ia para
Sylvester Stallone, e seu lutador de boxe sem
expressão que ganha a oportunidade da sua vida, uma
luta com o campeão mundial, Apollo “Doutrinador”.
O final da história todo mundo sabe, mas o que
chamava a atenção era como o assunto foi posto na
tela, “Rocky” não era um filme de esporte comum, ele
tratava de como um pessoa, que não tem nada,
conseguia agarrar com unhas e dentes uma
oportunidade única na vida, e contra todas as
expectativas, chegar em um objetivo aparentemente
distante.
Os quatro outros filmes que se seguiram, falando bem
a verdade, não chegavam ao pé do primeiro, o
personagem perdia as características que o faziam
diferente (ou igual aos mortais que iam ver o filme
no cinema), o rocky campeão do pesos-pesados não era
tão interessante como o lutador amador de Filadélfia
que treinava socando carnes no açougue.
Mas, três décadas depois “Rocky Balboa”, chega aos
cinemas, trazendo de volta a mágica que tanto
emocionou gerações passadas. Dirigido e escrito pelo
próprio Stallone, o filme dá um gancho de esquerda
em que não acreditava mais em um filme da série.
O que a trinta anos atrás deu certo, agora vem
reciclado em uma história que sabe muito bem usar o
que passou, o Rocky humilde, que quer ajudar todo
mundo a sua volta está de volta, só que agora na
casa dos 50 e muitos, sem seu grande amor, Adrien,
que morrera de câncer, e com um filho que tenta se
distanciar da sombra do pai. Agora dono de um
simples restaurante, entre uma história de boxe e
outra, para algum cliente, tenta viver o presente,
mas sempre com melancolia do passado.
Tudo se transforma quando, em uma simulação de
computador, o colocam a frente do atual campeão
Mason “The Line” Dixon, e o inesperado acontece, o
programa dá a vitória para o ex-campeão. Está aí
acesa a chama que faz com que Rocky pense em voltar
aos ringues mais uma vez.
Para quem pensa que “Rocky Balboa” é mais um filme
de boxe, vai ter uma surpresa quando descobrir que
do mesmo jeito que o primeiro, o que você vê é um
filme sobre superação, só que agora da alma sobre o
corpo, o personagem, durante o filme inteiro, trava
uma luta com seu interior, tentando esquecer seu
passado para poder seguir em frente, deixar as dores
da perda de sua mulher e do afastamento de seu filho
junto com a raiva que o fazia lutador, mas para isso
precisa subir no ringue uma última vez.
O filme talvez também funcione como um atestado para
o próprio ator, uma prova que ele não esta morto,
que ainda agüenta mais alguns rounds, e mostra como
no de 1976 que é um ator subestimado, que além de
ótimos trabalhos como em “Copland” e “Spy Kids 3-D”,
ainda pode dar muito o que falar.
Totalmente a vontade no papel, Stallone emociona e
empolga, não faz um maravilhoso trabalho na direção,
mas com o ótimo roteiro consegue segurar o público
até o último momento do filme.
E como o ótimo Burt Young, reprisando o papel do
amigo Paulie, fala antes do último round da luta
contra o campeão: “vai lá e arrasa com ele, esse é o
último round da sua vida”, é isso mesmo que
acontece, Stallone fecha a história do lutador do
melhor jeito que poderia, um knock-out.
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Distribuidora: FOX FILM
Cena do filme
ROCKY BALBOA - (Foto Divulgação).
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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