CRÍTICA - SENTINELA

Crítica Especial do Filme "SENTINELA"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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SENTINELA (FOX FILM)

Diretor: Clark Johnson

CRÍTICA: SENTINELA - Provavelmente alguma vez você já viu aquele filme em que o herói, geralmente um policial ou agente do FBI, é um exemplo para seus companheiros, até que um crime acontece e ele passa a ser o principal suspeito e começa uma fuga, geralmente de um amigo que ficou com o caso, tentando provar sua inocência, viu, não viu? Se sim, “O Sentinela” é mais uma chance para dar de cara com essa história batida, se não... Impossível, todo mundo já viu essa história.
A vez agora é do famoso Serviço Secreto dos Estados Unidos, aqueles caras de terno que fazem a segurança do presidente, é lá que encontramos o experiente Pete Garrison (Michael Douglas), que já até tomou um tiro pelo ex-presidente Reagan e agora faz a segurança da primeira-dama. Mas quando um companheiro seu é morto, uma trama envolvendo um traidor dentro do Serviço e um atentado ao presidente aparecem, ele acaba no olho do furacão. Perseguido pelo “ex-amigo” David Breckinridge (Kiefer Sutherland), que agora é investigador do Serviço Secreto, Pete tem pouco tempo para provar sua inocência e achar o verdadeiro traidor antes que o atentado aconteça.
O filme demora a engatar a segunda, não deixando o público se empolgar na primeira parte, mas é só entrar o segundo ato do filme, onde nosso herói começa sua fuga, que... não muda nada, o ritmo continua o mesmo, e só fica um pouco mais dinâmico lá para o final, coisa que deve desagradar àqueles que vão ao cinema atrás de um filme de ação, a grande maioria do público.
O principal responsável por esse marasmo é um roteiro despretensioso escrito por George Nolfi, que parece querer guardar segredos para o final (na seqüência do polígrafo, você já desconfia de quem é o verdadeiro traidor), além de ser um dos filmes com maior número de personagens inúteis por metro quadrado, a própria parceira do personagem de Sutherland, podia ser trocada sem problema nenhum por um Pastor Alemão, chegando ao cúmulo de ajudar o fujão poucos segundos antes de seu parceiro fazer as pazes com ele, coisa que, se tivessem voltado a ser falar um pouco mais cedo ele próprio o ajudaria, e agradeceria se alguém depois me explicasse qual a relevância daquela conversa entre o personagem de Michael Douglas e a ex-mulher do ex-amigo, perdida entre um take e outro, sem esquecer daquela ida dele a casa da viúva do agente, tudo muito triste.
O que, pode se dizer, não deixa o filme ser horripilante é a direção de Clark Johnson, que consegue tirar água de pedra, e até dar uma certa movimentação ao filme, principalmente pela sua experiência em série policiais de TV, como a ótima “The Shield”, só derrapa quando inventa de usar aqueles ângulos de câmeras de segurança totalmente inúteis para o resto da trama, assim como alguns irritadíssimos flashs entre uma cena e outra na edição da primeira parte do filme, que além de não dizerem nada, são completamente esquecidos logo depois. O que eu recomendo a fazer com esse filme, por enquanto, é deixar “O Sentinela” chegar às prateleiras das locadoras, que aí quem sabe o seu prejuízo não vai ser tão grande.

Título Original: The Sentinel
Gênero: Suspense
Duração: 108 min.
Ano: EUA - 2006
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Clark Johnson
Roteiro: George Nolfi

   
Cena do filme SENTINELA (Foto Divulgação)

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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