CRÍTICA - SERPENTES A BORDO

FILME "SERPENTES A BORDO"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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SERPENTES A BORDO (Foto Divulgação)

SERPENTES A BORDO

CRÍTICA - SERPENTES A BORDO: O que dizer de um filme que apresenta um avião repleto de cobras e um agente durão do FBI protegendo uma testemunha importante dessas criaturas venenosas? Simplesmente maravilhoso.
“Serpentes à Bordo” é um daqueles exemplos de filmes que já estavam fadados ao sucesso ou a transformação em cult, em grande parte pelo título (em inglês “Snakes on a Plane”, algo como “Cobras do Avião”). Primeiro tratado como piada no início pela própria produção, começou a ganhar vida própria quando o astro Samuel L. Jackson entrou para o elenco e ao ficar sabendo de uma mudança no nome, intimou: Ou o filme continua “Snakes on a Plane” ou continua sem mim. A produção receosa (que ator iría querer fazer um filme com esse título?), acabou descobrindo que não necessitava mais de ninguém, já tinham um avião, 450 cobras e Samuel L. Jackson, o que mais se precisa para se criar diversão, nada, foi então que a produção ganhou a internet e criou uma legião de fãs, que junto com o ator principal, aparecendo o máximo possível com uma camisa do filme, e gritando aos quatro cantos da mídia coisas como “vejo vocês no Oscar”, criaram o terreno para um dos filmes mais esperados do ano.
E o filme não desaponta, aposta exclusivamente em diversão, e se você entrar no cinema sem pensar em levar nada a sério é isso que você ganha. A história é exatamente a que eu coloquei no primeiro parágrafo, e tenta ser tão simples quanto o título, cobras e mais cobras aterrorizando um elenco de clichês em um avião a 90 mil pés, temos a aeromoça em seu último vôo e seu colega afeminado, o rapper metido a dono do mundo, a patricinha e seu cachorro irritante, o britânico revoltando com os americanos, a latina, o gordinho, as criancinhas indefesas, e mais uma fauna de personagens clássico prontos para morrer, e nesse caso para terem algumas das melhores reações diante do perigo, e essas reações, acreditam valem o filme, principalmente quando são vindas do protagonista Samuel L. Jackson como o agente Flynn, que obviamente rouba o filme com as melhores frases do ano no cinema, o desabafo final antes de acabar com todas as criaturas rastejantes desde já é um clássico, passando por pérolas como “oh great, snakes on crack” (algo como: “oh legal, cobras drogadas”)
E é exatamente disso que o filme é feito, situações extremamente horripilantes, as cobras, ou vadias como os personagens acabam as chamando na maioria do tempo, atacando os passageiros dos piores jeitos possíveis, o diretor David R. Ellis (“Celular” e “Premonição 2”) fazendo questão de mostrar esses ataques do jeito mais angustiante possível, sempre acompanhado de uma frase forte, que te faz chorar de rir, e o agente Flynn matando a pau tudo que ele vê pela frente sem pernas, não de um jeito "rambo", e sim ao melhor estilo Samuel L. Jackson.
“Serpentes a Bordo” é um filme simples, com um orçamento de 33 milhões, mas que é redondo, uma direção que não tenta fazer mais do que o filme precisa (coisa que parece estar se tornando a especialidade do diretor), apenas o necessário, um roteiro inteligente, que parece mais preocupado em divertir o público do que em fazer bonito, um elenco afiado, fraco mas no ponto e por fim Samuel L. Jackson, mais durão que nunca, tudo isso dentro de um “tubo de alumínio à 90 mil pés” repleto de cobras, ao público só resta sentar na cadeira do cinema e relaxar, com um dos filmes mais legais do ano.

Gênero: Ação
Pais: EUA
Ano: 2006
Distribuidora: PlayArte
Diretor: David R. Ellis
Elenco: Samuel L. Jackson , Nathan Philips
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Cena do filme SERPENTES A BORDO (Foto Divulgação)

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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