CRÍTICA - UMA COMÉDIA NADA ROMÂNTICA

Crítica Especial do Filme "UMA COMÉDIA NADA ROMÂNTICA" 
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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UMA COMÉDIA NADA ROMÂNTICA
UMA COMÉDIA NADA ROMÂNTICA - (FOX Films)

UM FILME DE AARON SELTZER
 

CRÍTICA:
UMA COMÉDIA NADA ROMÂNTICA -

Uma Comédia Nada Engraçada

Sátira sf. 1.Composição poética que visa a censurar ou ridicularizar defeitos ou vícios. 2.Escrito picante ou maldizente. 3.Troça, zombaria.
Partindo dessa definição no dicionário, o cinema sempre produziu pérolas que marcaram uma época, e mesmo depois de anos de reprises na televisão ainda fazem qualquer um cair na gargalhada quando dão de cara com um desses exemplares na Sessão da Tarde.
“Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”, “Corra que a Polícia vem aí” e “Top Gang” são exemplos genuínos desse gênero, são filmes que com certeza entraram no hall da fama das comédias tirando sarro de todo e qualquer filme que aparecesse na frente. Mas ainda temos um outro subgênero dentro da sátira, o das sem graça, e é nesse que se encaixa o lançamento “Uma Comédia Nada Romântica”.
Escrito pela dupla Aaron Seltzer e Jason Friedberg, que já trabalharam juntos escrevendo a série “Todo Mundo em Pânico” e agora debutando na direção, o filme vem para “tentar” parodiar as chamadas comédias românticas, mas fica só na tentativa mesmo.
O filme conta a história de Julia Jones, garota gordinha e desiludida amorosamente, que trabalha no restaurante grego da família, até que conhece seu verdadeiro amor e resolve mudar de vida com a ajuda de um conselheiro amoroso.
É claro que isso tudo serve apenas como pano de fundo e desculpa para uma seqüência de referencias aos filmes do estilo, assim como de fora do estilo também, indo de “Meu Casamento Grego” até “Kill Bill”, passando por “Entrando numa Fria” e milhões de outros, por isso se seu repertório de filmes está baixo, nem vá ao cinema, ou melhor não vá de nenhum jeito.
“Uma Comédia Nada Romântica” se mostra totalmente perdido quando quer fazer graça, não conseguindo seguir um rumo, é tudo extremamente jogado dentro da história, além de repetitivo na maioria de suas cenas. Os roteiristas tiraram de algum lugar que se você repetir uma cena quatro ou cinco vezes na seqüência, os risos da primeira se repetem também, mas aqui vai uma dica, isso é chato, é como repetir a mesma piada para ver se as pessoas vão dando mais risada a cada repetição.
Outro desleixo do filme é optar por não fazer um humor mais irônico e subjetivo e ir em direção de escatologias purulentas e flatulentas. Com certeza se tivessem optado por um filme supostamente sério, brincando com os clichês e um humor mais ácido, teria um resultado melhor, como optaram pelo exagero, bateram com a cara na porta.
Mas, além de tudo isso, o filme ainda sai prejudicado pelo seu nome, enquanto no original “Date Movie” (uma tradução aproximada seria “Filme de Encontro”), no Brasil mereceria algo mais sincero, como “Uma Comédia Nada Engraçada”.
Se alguém pensou que o filme não tinha nada de bom, errou. Sua maior, e única qualidade, é que ele tem míseros 83 minutos, passa voando e nem dá tempo de se irritar ao ponto de sair da sala antes de acabar.


Estréia: 24/03/06
Gênero: Comédia
Distribuidora: Fox Film

Filme:

Ótimo: 
Bom:   
Regular:

Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com    

 

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