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RESENHA CRÍTICA DO FILME "DANÇANDO NO ESCURO" 
por Marcelo Hailer - marcelo.hailer@gmail.com  
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FILME DANÇANDO NO ESCURO
DANÇANDO NO ESCURO - (Foto Divulgação)

CRÍTICA: DANÇANDO NO ESCURO - Nos anos 90 Lars Von Trier lançou um manifesto junto com outros colegas de cinema intitulado “DOGMA 95”, tal documento se propõem a um cinema diferente da tendência do que se encontra por aí, entre os dogmas há: um filme não é feito sozinho, portanto, nada de nome do diretor nos créditos, abaixo aos efeitos especiais, deve ser feito em tempo real, luz natural etc.
“Dançando no escuro” é o inicio de um projeto. Selma (Bjork) é uma operária que trabalha dois turnos, faz serviços extras no horário de folga, sofre de uma grave doença nos olhos que a cegará, o trabalho excessivo é para juntar dinheiro à operação que seu filho, Gene, que sofre do mesmo problema visual, pois, é uma doença genética, será submetido para não cegar.
Dentro desta escuridão, Selma conta com a ajuda de sua amiga Kathy (Catherine Deneuve), em excelente atuação, com o casal de amigos que alugam o trailer onde Selma vive com seu filho, também no núcleo de amigos da protagonista está Jeff, que alimenta um amor pra lá de platônico com a personagem central da história. Um fato trágico irá mudar a vida de todos nesta história.
Selma suaviza a realidade compondo-a como se fosse um musical, é fã de musicais Hollywoodianos. Está no cerne de sua história o amor para com o seu filho, vale todo o sacrifício, em momentos de angústia, diz que escuta o seu coração, quer salvar o seu filho e diz ainda que para ela, não há mais o que se ver neste mundo.
A história se passa nos anos 60, guerra fria em alta, de modo muito sutil isso é colocado na história, em uma das cenas mais bela do filme, momento ápice, Selma sob os trilhos do trem, canta que já viu os pássaros, o verde, o metal, o trem... O que mais há para se ver¿
É a luta da mãe, da mulher, Lars Von Trier usa esta personagem, posteriormente volta ao tema em “Dogville”, “Manderlay” e em breve com “Washington”, para tratar da luta feminina no universo machista, a intolerância, símbolo do capitalismo, o abuso do sexo masculino com o sexo dito frágil, se aproveitar da fragilidade da mulher, a supremacia do sexo masculino perante o feminino. O uso da força quando o diálogo se esgota. Nada mais atual.
Além da atuação extraordinária de Bjork, o filme contém uma trilha sonora impecável, um diálogo certeiro, enfim, o filme é uma obra prima do começo do século 21, rendeu a Palma de Ouro a Lars Von Trier pela direção e a de atriz a cantora islandesa. O diretor ainda não usou todos os dogmas propostos, mas já deu grandes passos com este filme e com os que vieram posteriormente. Um cinema ousado entre tantos iguais.

Título Original: Dancer In The Dark
Gênero: Drama/Musical
Duração: 140 min.
Ano: França - 2000
Distribuidora: Fine Line Features
Direção e Roteiro: Lars Von Trier
Música: Mark Bell e Björk

FILME DANÇANDO NO ESCURO
Cena do Filme DANÇANDO NO ESCURO (Foto Divulgação)

Filme:

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Crítico: Marcelo Hailer - Jornalista - marcelo.hailer@gmail.com    

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© Cranik - FILME DANÇANDO NO ESCURO