CRÍTICA: DE REPENTE É AMOR – é um dos longas
do gênero comédia romântica mais criativos que já
assisti - o ritmo é incrível -, a dupla de
protagonistas “Amanda Peet (Meu Vizinho Mafioso 1 e
2) e Ashton Kutcher (Efeito Borboleta)” foi
excepcional, tendo maestria nas atuações. O cartaz
do longa já diz tudo, diferente de muitos outros que
não tem nada haver com o conteúdo, pois diga se
estou mentindo, quantas vezes você não alugou um
vídeo ou mesmo comprou um livro ou revista porque a
arte da capa era show de bola? Mas, ao ver o
conteúdo, percebeu que não tinha nada de
interessante? Não esqueça que o marketing é forte e
que as imagens e símbolos muitas vezes nos enganam,
nossa mente é induzida várias horas por dia. Note
que, como crítico de cinema, tenho que ser muito
observador, criterioso e, com milhares de
longas-metragens, “de Repente é Amor” está no Top da
minha lista, entre os 10 melhores filmes de todos os
tempos, só não sei porque não fez sucesso nos EUA,
tendo um prejuízo de mais de 10 milhões de dólares,
pois o orçamento deste longa foi de 30 milhões de
dólares e, não arrecadou nem 20 milhões, parece que
os EUA está deixando de lado os filmes com bons
roteiros e diálogos, preferindo a ação, efeitos
especiais e o besteirol, diferentemente dos paises
europeus, que preferem os filmes de puro diálogo e
roteiros bem trabalhados.
Em “de Repente é Amor”, você não encontrará muitos
efeitos especiais e muita frescura e sim, bons
diálogos em um roteiro metricamente trabalhado para
pessoas de bom gosto e, falando em bom gosto,
sinceramente, existem filmes que ganham vários
prêmios e chegam até ao Oscar ®, mas, muitos deles,
eu não assistiria mais do que uma vez. Posso citar
alguns filmes que foram bem elogiados pela crítica,
como “O Jardineiro Fiel”, “A Interprete”, etc.
Destes dois citados, eu não teria a coragem de
assistir mais do que uma vez, pois uma só já foi bem
cansativa. Podem até ter uma boa história, serem
didáticos, etc., mas não tem aquele “algo mais”,
aquele brilho que vejo em alguns filmes pouco
elogiados, como “Tudo pela fama”, “Tudo Acontece em Elizabethtown”, “A Mexicana”, “De Repente 30” ,
“Fora de Rumo”, etc., pois tem filmes com ritmos
incrivelmente lentos, usam cenas desnecessárias para
preencher o tempo, diálogos longos e chatos, como os
dos políticos que, parecem novelas ou horário
político e, se for para ver isso em um filme, vejo
nas novelas e horário político na TV. Essas são
palavras de uma pessoa que assiste dois filmes por
dia, seis no final de semana “sem contar os que
estão no cinema” e chega a ler mais de 80 resenhas
críticas e seis livros por mês, fora a participação
nos cursos de aperfeiçoamento em “Direção
Audiovisual – Escola Educine” e “Roteiro –
Roteirista.Com”, além de outras coisas que prefiro
nem comentar, pois pode parecer mentira para uma
única pessoa...rs.
Pode ter certeza, é bem sofrido chegar ao final de
alguns filmes, mas, tenho que assistir, pois é minha
função, tenho que entender e criticar todos os
gêneros e estilos, mas, pode ter certeza que, quando
não gosto de um filme, não o assisto novamente, pois
seria uma verdadeira tortura, diferentemente de
filmes como este da resenha crítica “De Repente é
Amor”, que já assisti duas vezes e pretendo assistir
pelo menos mais duas, pois tudo que é bom, deve ser
repetido várias vezes.
Título Original: A Lot Like Love
Gênero: Comédia Romântica
Duração: 107 min
Ano: EUA - 2005
Distribuidoras: The Walt Disney Company/Buena Vista
Pictures
Direção: Nigel Cole
Roteiro: Colin Patrick Lynch
Fotografia: John de Borman
Produção: Armyan Bernstein e Kevin J. Messick
Música: Alex Wurman
Figurino: Alix Friedberg
Crítico: Ademir Pascale é crítico de cinema,
ativista cultural, administrador e criador do portal Cranik
www.cranik.com e do projeto de inclusão social
e cultural "Vá ao cinema!". Contatos para matérias
em Jornais, Sites ou Revistas, e-mail: ademir@cranik.com