ENTREVISTA COM O ESCRITOR SAMIR MACHADO DE MACHADO

O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Samir Machado de Machado.
 (14/05/11)

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Samir Machado de Machado - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Samir Machado de Machado para o meio literário?
Samir Machado: O início de Samir Machado de Machado no meio literário, assim, na terceira pessoa, se deu quando conclui que, mesmo sob protestos de quem considerava que o nome ficava muito longo, já existia outro Samir Machado na mesma cidade, e para não causar confusões, preferiu a opção pelo nome completo. Isso acaba invariavelmente remetendo à piadas envolvendo duplos machados e Machado de Assis, mas são ossos do ofício.

Ademir Pascale: Como um dos fundadores da Não Editora, poderia explicar para os nossos leitores o porquê do "não" ao que é convencional no mercado editorial?

Samir Machado: Dizemos “não” ao que é convencional porquê, se é pra fazer mais do mesmo, então seria melhor nem começar. Já tem bastante gente boa por aí fazendo o que é convencional.

Ademir Pascale: Como surgiu a ideia em resgatar as Pulp Fictions, com a série Ficção de Polpa?

Samir Machado: Três foram os motivos: a) éramos todos desconhecidos e precisávamos de algo chamativo para compensar nosso anonimato, b) não tem sentido lançar uma coletânea com quase duas dezenas de autores diferentes sem ter um tema unindo os textos, e c) parecia divertido.

Ademir Pascale: A série Ficção de Polpa da Não Editora chegou em sua 4ª edição com "Crime!". Será a última ou poderemos esperar por mais edições?

Samir Machado: Se o livro se pagar, haverá mais.

Ademir Pascale: Como foi escrever o romance O professor de botânica (Não Editora)?

Samir Machado: Cansativo. Já não agüentava mais o protagonista, que começava a ficar parecido comigo, ou eu com ele, não sei. Mas valeu a pena. Poucas pessoas podem se gabar de terem escrito um livro medíocre sobre a mediocridade (na verdade, não são poucas, mas nem todas se gabam).

Ademir Pascale: Poderia destacar uma frase deste livro exclusivamente para os nossos leitores?

Samir Machado: Tem um trecho bem pedante, que está na contracapa, mas eu era bem pedante na época, então tá valendo. Diz assim: “Para ele, a atitude do professor era tão natural e inconsciente quanto a árvore cujas raízes quebram o piso da calçada de modo tão suave que faz parecer que a calçada já foi feita assim, e restam as pedras apenas acomodarem-se, resignadas, no espaço que a árvore lhes deixa”.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Samir Machado: Existem, mas dá azar contar.

Ademir Pascale: Como os interessados poderão saber mais sobre Samir Machado de Machado?

Samir Machado: @samirmachado

Perguntas Rápidas:

Um livro: a biografia do Hitler do Ian Kershaw, valeu cada um dos seus dois quilos.
Um(a) autor(a): Michael Chabon.
Um ator ou atriz: Sam Neill é um cara subestimado.
Um filme: Bambi
Um dia especial: lançamento do primeiro Ficção de Polpa, em 2007.
Um desejo: que Milkybar volte a ser chamado de Lollo.

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Ficção de Polpa: Crime - Samir Machado de Machado (org.)

 

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Entrevistado: Samir Machado de Machado
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