ENTREVISTA COM LEON NUNES
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Leon Nunes
 (26/11/12)

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Leon Nunes - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Leon Nunes para o meio literário?

Leon Nunes: Iniciei na labuta literária no final dos anos 90; aproximadamente em 1998. Foi quando pus no papel meu primeiro conto. Houve um período engraçado quando algumas pessoas descobriram que eu escrevia mesmo; mormente a família. Eu havia iniciado escrevendo contos detetivescos – imagina uma história donde há sangue para todo lado, pessoas retalhadas ou esfaqueadas e um detetive tentando descobrir o assassino. Contornei quaisquer problemas que disso poderia surgir explicando que era apenas ficção; até convencer que eu era Escritor foi duro. Este foi meu início. Aos poucos fui escrevendo outros contos, vez ou outra tentando uma história um pouco maior, de repente uma novela e me vi imerso neste mundo dos sonhos e pesadelos. Convenci que eu podia escrever – e escrever cada vez melhor com o tempo – garantindo que os feitos de meus personagens não sairiam da ficção.
Posteriormente a este período, outro surgiu. Foi quando pus no editor de textos uma história realmente maior. Isso poucos sabem. É novidade o que falo. Também dentro do gênero detetivesco, escrevi três romances (deixando engavetado a sinopse para um quarto que ainda escreverei). Continuações, portanto, de uma história! À época eu não sabia o que aquilo iria se transformar. Não estava preocupado em dar um espaçamento correto; aproximadamente 70 ou 80 páginas cada um dos três romances tendo apenas espaçamento simples entrelinhas, fonte Times 10. Estão aqui, no computador, como marcas de um caminho de pedras e espinhos que trilhei até chegar ao dia de hoje.
Continuei escrevendo. Novos contos e novas novelas/noveletas foram surgindo. Histórias que envolviam elementos sobrenaturais, deixando um pouco de lado o detetivesco. Conheci – não me recordo exatamente por intermédio de quem – H.P. Lovecraft e seus escritos. Depois disso o universo lovecraftiano invadiu minhas histórias e continuam até hoje vigorando. Nos contos. Nas novelas. E também nos romances.
Iniciei verdadeiramente a escrever romances entre os anos de 2006 e 2008. Foi quando escrevi, com intenção de desenvolver uma história longa, meu primeiro romance. Demorei um tempo para escrevê-lo, em meio aos estudos da faculdade (à época cursava Administração de Empresas – cuja profissão não segui). Atualmente estou me aproximando do final de meu segundo romance. Ambos têm influência lovecraftiana, principalmente este segundo: uma história de vingança e horror. Além, claro, de vários contos (não somente com elementos sobrenaturais, mas também os de ficção comum) e novelas. Não parei de escrever; embora a dificuldade em publicar seja muita.
Tentei fazer um resumo de toda minha carreira literária. Acho que se eu colocasse no papel daria algumas folhas. Tenho tido algum êxito neste campo, visto a publicação de meu livro e também minha participação em algumas antologias. Principalmente no atual ano. Autores Fantásticos é uma delas. Dentre outras do grupo A Irmandade e também através do Projeto Passo Fundo que em breve publicarei. Estou à procura de editoras maiores para publicar meus romances; uma tarefa ingrata para um escritor.

Ademir Pascale: Você lançou em 2011 a obra “Fúnebre Cortejo”, onde reuniu uma novela e alguns contos. Por favor, fale mais sobre esse trabalho.

Leon Nunes: Partamos do início. Escrevi a novela “Fúnebre Cortejo” no ano de 2009. Minha intenção era justamente chamar a atenção do pessoal de que estamos perdendo a Amazônia. Queimadas, plantações, devastação da natureza e de um povo – tudo ilegal, com propósitos escusos. Para deixar a novela com requintes de horror psicológico usei uma das várias lendas locais. Escolhi, e com razão (uma vez que é a mais assustadora da região), a da Matinta Pereira. Como se possa imaginar, esta novela trata de um horror amazônico.
Seminarista é enviado à Amazônia pela Igreja Católica para fazer uma matéria sobre as queimadas e, no desassiso dos preceitos religiosos incutidos em sua cabeça, acha que encontra a entidade diabo no meio da mata – quando, em verdade, encontra Matinta Pereira – delirando por ter adquirido uma doença local.
É possível perfeitamente sentir o vulto de elementos lovecraftianos na história, bem como a presença de Edgar Allan Poe nela também.
Publiquei o livro em dezembro de 2011 através do Projeto Passo Fundo. Com o livro pronto e distribuído cá em minha cidade, a maioria dos comentários recebidos foi de que realmente algo nela prendeu o leitor. Alguma coisa nesta história cativou o leitor de tal forma que não foi possível largar o livro sem antes terminar a leitura. E isso, creio, é positivo.
Escolhi publicar “Fúnebre Cortejo” usando meu nome inteiro. E como um primeiro trabalho publicado somente meu, rendeu; foi fora do comum, acima de minha própria expectativa. Agora – que o futuro me reserve boas-novas. Que venham outros livros! (Pois tenho escrito muitos)

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar da obra “Fúnebre Cortejo”?

Leon Nunes: Fúnebre Cortejo (duplo clic), como disse, foi publicado através do Projeto Passo Fundo. É possível entrar no sítio ao clicar no nome de meu livro – será direcionado à página da loja virtual. E também através de mim, uma vez que fiquei com uma parte da tiragem publicada.
Aos que preferem uma leitura virtual, também é possível encontrar meu livro em formato e-book. Fúnebre Cortejo (duplo clic para formato digital).
Caso o leitor resolva adquirir “Fúnebre Cortejo” através do autor, livro autografado, basta entrar em contato comigo via e-mail: leonnunesescritor@gmail.com.

Ademir Pascale: O site “A Irmandade” (www.airmandade.net) dedicado aos escritores de literatura fantástica, com informações sobre lançamentos, resenhas, artigos etc, teve você como membro-fundador. Como foi o início das atividades do site e seu progresso até os dias atuais?

Leon Nunes: Recordo perfeitamente que muitos amigos escritores membros-fundadores correspondiam-se através do Recanto das Letras, sendo na sequência criado o grupo. No início o site estava hospedado em outro endereço, tinha o nome de Irmandade das Sombras. A vontade de ter um espaço só nosso aumentava. Por isso, passado um tempo, o grupo decidiu ter uma “casa” própria, donde pudéssemos puxar nossas lápides (brincadeira literária, claro) e confortavelmente sentar no chão para discutir diversos assuntos relacionados à LitFan, bem como cinema e outras artes coirmãs. Com a criação do sítio novo veio a necessidade de uma identidade. Daí criou-se A Irmandade.
A Irmandade, com o tempo, e bastante rápido por sinal, tomou corpo e já representa um caminho literário para muitos Escritores publicarem virtualmente seus escritos. Não à-toa foi criado o Prêmio Henry Evaristo de LitFan (duplo clic) em homenagem ao saudoso amigo e Escritor Henry Evaristo.
Fica aqui o convite para que o leitor visite A Irmandade e conheça melhor este espaço literário dedicado mormente à LitFan.

Ademir Pascale: Você participou recentemente da coletânea “Autores Fantásticos” (Argonautas, 2012), cuja participação homenageia o escritor H.P. Lovecraft. Poderia destacar uma frase do seu conto especialmente para os nossos leitores?

Leon Nunes: Ter sido convidado a integrar o time do “Autores Fantásticos” foi fantástico. Veio num período em que eu estava lidando com um dilema, início do segundo semestre do atual ano (2012). Aceitei a tarefa de pronto a ideia de colidir ficção x realidade tendo como protagonista Lovecraft; proposta do livro.
Inicio o conto desta forma:
“Às vezes penso o quão é ficção o que escrevo. O quanto de sonho e o quanto de real minhas palavras exprimem. Tenho me correspondido com muitos outros escritores (Bob Howard um deles) e também alguns leitores, estes menos desconhecidos de Satrap Pharnabazus. Embora eu dê preferência aos escritores, sendo poucos os leitores que troco missivas, foi meu leitor brasiliano Teodoro O’Clain quem pela primeira vez me chamou a atenção da realidade por trás da ficção.”
Dá para ler um pouco mais caso o leitor entre em meu sítio – cerca de um parágrafo e meio.
leonnunesescritor.blogspot.com.br

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar da obra “Autores Fantásticos”?

Leon Nunes: Como se sabe, este livro foi publicado através da Argonautas Editora. Para adquirir um exemplar basta entrar no sítio da Argonautas ou enviar um e-mail para um dos editores-chefes chamado Cesar (sartanawest@gmail.com). Há também outro meio de adquirir um: basta entrar no sítio da Livraria Cultura (duplo clic).

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Leon Nunes: Pois sim. Participarei de duas antologias do grupo que pertenço (A Irmandade). Um deles é o “De Amor e de Sombras” e o outro “A Irmandade – contos de Terror”. Outras antologias que contarão com minha presença – e que logo virão – são as do Projeto Passo Fundo: uma de crônicas, outra de poesias e a terceira de contos. Fui selecionado para uma antologia que sairá em breve, através da Editora Estronho, chamada Suburbia – os filhos da guerra.
Se tudo for como planejado, em breve mais novidades.

Ademir Pascale: Como os interessados poderão saber mais sobre Leon Nunes?

Leon Nunes: Tanto é possível encontrar-me no grupo A Irmandade, quanto no Projeto Passo Fundo (estes são os principais), bem como em outros sites também voltados à LitFan.
Mantenho um sítio no ar (leonnunesescritor.blogspot.com.br) onde os leitores poderão acompanhar meu trabalho literário.
Também via facebook: www.facebook.com/leonnunesescritor
E twitter: @LeonNNunes
Além do e-mail: leonnunesescritor@gmail.com
Será um enorme prazer adicionar o leitor em meu face/twitter.

Perguntas Rápidas:
Um livro: Nas Montanhas da Loucura.
Um(a) autor(a): H.P. Lovecraft.
Um ator ou atriz: Vincent Price.
Um filme: The Dunwich Horror 1970 (outro: Die, Monster, Die! Com Boris Karlof) [não me contive].
Um dia especial: Por certo o lançamento de meu livro “Fúnebre Cortejo”.

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Leon Nunes: Quero agradecer sobremaneira por este espaço e pela entrevista. É um enorme prazer trocar algumas palavras contigo, Ademir, e para o seu público leitor. Honra, sobretudo, pelo convite em integrar o time dos entrevistados pelo Cranik. Este ano (2012) está sendo muito bom, a despeito de alguns problemas pelos quais passei – e está terminando melhor ainda com esta fenomenal entrevista.
Meu mais sincero muito obrigado!
Desejo-lhe Sucesso!

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Fúnebre Cortejo - Leon Nunes

 

© Cranik

*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Editor e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale - ademir@cranik.com - www.twitter.com/ademirpascale
Entrevistado: Leon Nunes
E nos informar pelo e-mail: ademir@cranik.com  

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