ENTREVISTA COM O ESCRITOR FLÁVIO CRUZ
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Flávio Cruz
 (21/07/13)

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: formado em Letras Anglo-Germânicas pela Universidade de São Paulo, tendo feito a seguir, o curso de pós-graduação em Linguística na mesma instituição. Durante 25 anos trabalhou como professor concursado em escolas públicas secundárias do Estado de São Paulo. Nos Estados Unidos, onde vive há 10 anos, foi presidente de uma companhia brasileira Ainda na Flórida leciona Português para empresários. Poderia falar mais sobre as suas experiências e o que tirou delas para compor os seus livros?

Flávio Cruz: Depois de ganhar de presente, durante a juventude, um exemplar do livro “O Fim da Infância” de Arthur Clarke, eu me apaixonei pela ficção científica. Nunca mais parei de ler. Passei também por livros de realismo fantástico e outros tantos gêneros. Tive uma experiência gratificante com Márcio Souza e, sem dúvida, meu grande favorito foi o Guimarães Rosa. Embora essas experiências sejam distantes uma das outras, elas contribuem o tempo todo na criação de minhas histórias.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu e-book "Histórias do Futuro" (Editora Navras) especialmente para os nossos leitores?

Flávio Cruz: Eu me senti muito bem quando terminei de escrever “O Planeta de Gelo”, que, embora seja um conto, poderia ser um romance, se estendido, devido ao seu conteúdo. Gosto também de contos curtos como “O Perfeito Companheiro”, que dá uma visão relâmpago do futuro, usando um momento, uma personagem, em um ponto específico da vida diária.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir este e-book?

Flávio Cruz: Eles estão no Amazon e foram editados pela Editora Navras. Os livros grátis são oferecidos diretamente no site da Navras.

Ademir Pascale: Você também lançou pela Navras os e-books "Gente que faz gente chorar" e "Paralelo 38", todos gratuitos para download. Poderia falar mais a respeito?

Flávio Cruz: Apesar de gostar de sci-fi, também tenho especial carinho por crônicas. Acho que elas imortalizam um momento poético da vida das pessoas, mostrando a beleza e a fraqueza do ser humano em sua jornada. Fui muito influenciado por escritores como Rubem Braga, Fernado Sabino e outros cronistas brasileiros. A inspiração vinda da leitura da poesia de Cecília Meireles, Mário Quintana, Manuel e Bandeira e outros fica também evidente nos momentos mais poéticos que acabam se inserindo nessas crônicas.

O “Paralelo 38” é uma coleção de contos que pendem entre a ficção científica e o absurdo. Existe aí muita coisa vinda da minha experiência de vida aqui nos Estados Unidos, onde, muitas vezes, os absurdos da realidade e da ficção acabam competindo, ao tentar cativar a atenção das pessoas.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Flávio Cruz: Sim, vários. Tenho um romance pronto chamado “Germânika”, que está sendo revisado para publicação pela Navras. A história se passa numa ralidade alternativa em que o Brasil acabou não se concretizando. No seu lugar, dois países bem diferentes, Terranova e Germânika, colidem seus interesses e suas culturas, radicalmente opostas. A nossa realidade, do jeito que a temos agora, acaba interagindo com esse ‘mundo paralelo” de uma maneira original, no fim do romance.

Outro romance, ainda em confecção, vai retratar a cidade de São Paulo por volta do ano 2090. Uma incrível distopia que tem, também, um final surpreendente. Há ainda pelo menos 2 projetos para esse ano e começo do ano que vem.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para saber mais sobre você e suas obras?

Flávio Cruz: Todo meu trabalho está concentrado na editora Navras, que vende meus livros através do Amazon. Mais informações e leituras podem ser encontradas em meu blog www.cronicasamericanas.com.

Perguntas Rápidas:

Um livro: Grande Sertão: Veredas
Um (a) autor (a): Guimarães Rosa
Um ator ou atriz: Billy Bob Thornton no EUA e Bibi Ferreira no Brasil
Um filme: 2001: Uma Odisseia no Espaço
Um dia especial: Três dias especiais: Os dia em que nasceram meus filhos

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Flávio Cruz: Meu sonho é que outras pessoas consigam auferir algum prazer da leitura de meus livros, da mesma forma que, durante toda a minha vida, eu fiz, lendo outros autores. Não existe nada mais gostoso do que ver um bom filme ou ler um bom livro. Por exemplo, eu já li o conto “A Terceira Margem do Rio” do Rosa, pelo menos 20 vezes e, cada vez, acho algo novo. Como escreveu Walnice Nogueira Galvão, em seu ensaio “Do Lado de Cá”, “Às vezes Guimarães Rosa escreve como quem está em estado de graça; ‘A Terceira Margem do Rio’ é um desses casos.”Obviamente não quero chegar a tanto e nem tenho essa capacidade, mas espero oferecer algum prazer estético a meus leitores.

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Gente que faz a gente chorar - Flávio Cruz