ENTREVISTA COM O ESCRITOR E PALESTRANTE JOSE NAVAS JUNIOR
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Jose Navas Junior
 (23/10/13)

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Jose Navas Junior - Foto divulgação

Jose Navas Junior atuou como instrutor de T.I. (Tecnologia da Informação) entre 1994 e 2003, ministrando cursos em português, inglês e espanhol, onde desenvolveu muitos sistemas e registrou patentes de produtos/sistemas que somente recentemente foram efetivamente criados, e ainda existem muitos em fase embrionária, que em breve estarão no mercado.
Sua especialidade era "caçar hackers", fechar "buracos" na segurança de sistema, treinar os usuários a usar os sistemas da forma mais eficaz e segura, criar uma "doutrina de segurança" não apenas tecnológica, mas institucional e pessoal, reorganizar as empresas não apenas conceitualmente, mas fisicamente também (o "feng shui" da segurança).
Trabalhou com muitas empresas nacionais e estrangeiras, sistemas Unix, Linux, Windows, Apple, base de dados SQL, Oracle, firewall, sistemas IP (e-mail, web servers, etc).
Diversas operações da franquia UOL a época estavam sob sua gestão técnica, algumas das quais montou a estrutura do zero, com roteadores, firewalls, dial servers, rádio-enlace, tudo retirado da caixa por ele ou pela sua equipe.
Em 2003 foi convocado para a ANP (Academia Nacional de Polícia), para o curso de formação de Delegado da Polícia Federal.
Em janeiro de 2004 ingressou assim na Polícia Federal, na função de Delegado Federal, após ser aprovado em todas as fases e na Academia da Polícia Federal, do concurso público afeito.
Na Polícia Federal, seu grande orgulho profissional, vem atuando, dentre outros lugares:

- no Mato Grosso do Sul (fronteira com o Paraguai - gestor local da Operação Sentinela),
- em Brasília (Edifício Sede - Divisão de Crimes Patrimoniais),
- em Rondônia (operações policiais),
- em Minas Gerais (operações policiais),
- em São Paulo (Delegacia de Combate a Crimes Financeiros)
- em Marília, sua atual lotação (responsável pelo setor de imigração, comunicação social e crimes por computador).

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Delegado da Polícia Federal, escritor e palestrante. Como foi seu início no meio literário?

Jose Navas Junior: escrever é uma forma que encontrei de desenhar minhas idéias e materializá-las, perpetuá-las. Desde 1994 com o ingresso na Faculdade de Direito eu venho escrevendo, produzindo conteúdo literário mas sempre os guardando, preservando da exposição. “Ensaios sobre a Espionagem” não foi minha primeira obra a ser escrita, foi a primeira a ser publicada na verdade, e foi face a uma necessidade, um momento ímpar pelo qual passa o país e eu acredito que possa contribuir para consolidação efetiva de uma política nacional de segurança, e a forma que encontrei, de ser visto, ouvido e lido por quem decide, pelos poderes constituídos, uma CPI da Espionagem em atividade, foi me iniciar no meio literário e passar a publicar o que eu produzia. Adorei, outros títulos estão a caminho.

Ademir Pascale: Algo bem comentado ultimamente, espionagem é o tema principal do seu livro "Ensaios sobre a espionagem". Poderia poderia falar mais sobre o seu trabalho neste livro?

Jose Navas Junior: a obra é a consolidação de conhecimento, experiência e proposta de procedimentos a serem adotados para que se evite a espionagem, a partir da perspectiva do leitor que em um primeiro momento é confrontado com o fenômeno da espionagem, e passará a entender não apenas o porque somos espionados, mas como somos espionados, sob qual embasamento técnico, jurídico e histórico é que viemos sendo submetidos a tais práticas, e como se verá, já por muitas décadas. O livro foi concebido para ser, acima de tudo, útil, efetivo ao posicionar o leitor defronte a espionagem, e atender assim aos anseios daqueles que buscam desde um manual técnico sobre o assunto para sobrevivência de seu negócio e preservação de sua intimidade, defronte os desafios dos novos tempos, passando por uma leitura informativa de conteúdo exclusivo, exauriente e ao mesmo tempo acessível a todos os públicos.

Ademir Pascale: No seu ponto de vista, internautas também estão sendo espionados? Caso sim, como poderemos nos proteger?

Jose Navas Junior: sem dúvida alguma que entre os alvos da espionagem merece destaque especial o internauta. O fator humano pode ser decisivo na proteção das informações digitais vitais ao adotar recursos tecnológicos e posturas específicas que afastam a prática invasiva da espionagem, mas se não orientado, será o elo mais fraco a justamente viabilizar ou permitir que se pratique espionagem com dados sob sua guarda. Os internautas são espionados sob várias vertentes, seja para mapeamento de atividades para alimentar bases comportamentais sociais ou comerciais, seja para obtenção de informações que dependam de sua proteção específica, dados próprios ou de terceiros. Em qualquer situação os estragos provocados pela prática da espionagem acabam por deixar marcas profundas nos internautas, sejam prejuízos financeiros ou mesmo de imagem (credibilidade, exposição social, dentre outras). A proteção é feita em três frentes: manter sistemas de proteção instalados e atualizados em todas as suas plataformas de uso (antivírus e firewall), somente aceitar a instalação de aplicativos confiáveis e de remetentes confiáveis (trabalhar com “whitelists”, relacionando um rol de remetentes confiáveis e somente aceitando conteúdo destes) e principalmente, adotar cultura de criptografia de seus dados sensíveis, para tanto utilizando aplicativos disponíveis gratuitamente na Internet, impedindo assim que suas informações trafeguem na Internet sem qualquer tipo de codificação.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Jose Navas Junior: o CALEA. Ao definirmos o CALEA e como ele funciona, o leitor avança de forma singular em seus conceitos sobre a espionagem, passando de observador passivo do fenômeno da espionagem onde até então vinha suportando as consequências, e compreende que é peça ativa de um sistema internacional de vigilância, organizado décadas atrás e entende como poderá proteger sua privacidade, garantir sua segurança e a integridade de seu modo de vida. Entender o CALEA é entender a espionagem, como ela de fato é viabilizada no atual contexto.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar do livro "Ensaios sobre a espionagem"?

Jose Navas Junior: lançado exclusivamente em meio digital, o livro está disponível para as mais diversas plataformas operacionais. Objetivando facilitar o processo de download foi construído um site simples, mas efetivo, contendo os links para os sistemas disponíveis (www.ensaiossobreaespionagem.com).

Ademir Pascale: Também é possível contratá-lo para palestras sobre o assunto espionagem?

Jose Navas Junior: o livro e a palestra são complementares, ou como já tive a grata surpresa de ouvir de leitores que também assistiram a palestra, de forma bem humorada, “um seria a introdução do outro, ou a continuação, ou vice-versa”, numa alusão a sinergia entre estes. A palestra tem o título “Si vis pacem, para bellum”, e trata também da espionagem, além de crimes por computador, guerra eletrônica e terrorismo digital. É possível assistir um trecho da palestra on-line e conferir o conteúdo desta, no mesmo site onde posso ser contatado para ministrá-la, qual seja, “www.sivispacemparabellum.net

Perguntas rápidas:

Um livro: Fortaleza Digital (Dan Brown)
Um(a) autor(a): Stephen King
Um ator ou atriz: Wagner Moura
Um filme: “O Mensageiro” (Kevin Costner)
Um dia especial: meu casamento

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Jose Navas Junior: entre as brilhantes citações do insubstituível Alvin Toffler, é importante que apliquemos o ensinamento obtido daquela que melhor sintetiza o momento pelo qual passamos - “Ou você tem uma estratégia ou é parte da estratégia de alguém”. Fomos convolados em parte de uma estratégia de outrem e estávamos até então imersos em um manto de letargia enquanto deixávamos nosso maior bem, a privacidade, sob gestão de terceiros. Somente com o conhecimento é que poderemos retomar o controle de nossas vidas, de nossos negócios, e nossa capacidade de efetiva auto-determinação, e para tanto é preciso ler, ouvir, assistir, participar e executar, pois somente com conteúdo é que teremos o poder, que de nada adiantará nos chegar se a nossa mente não estiver preparada para saber o que fazer com ele.              

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Ensaios sobre a espionagem - Jose Navas Junior

 

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Entrevistado: Jose Navas Junior
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