ENTREVISTA COM A ESCRITORA GISELE APARECIDA PEREIRA DA SILVA
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista a escritora Gisele Aparecida Pereira da Silva
 (25/04/14)

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Gisele Aparecida Pereira da Silva - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Gisele Aparecida Pereira da Silva no meio literário?

Gisele Aparecida Pereira da Silva: Literatura sempre foi minha paixão. Mal comecei a ler e já frequentava bibliotecas. Tinha por hábito ler de tudo e, não raras vezes, lia em torno de dois a três livros numa mesma semana. Na adolescência, escrevi várias peças de teatro, a maioria encenada na escola com meus colegas. Também nesta época me aventurei a escrever poemas e pequenas crônicas, publicadas em jornais locais. O ingresso no meio literário, no entanto, foi muito tempo depois, precisamente em 2010, quando publiquei meu primeiro romance, June. Desde então, entre novos projetos e artigos para blogs, não parei um segundo sequer.

Ademir Pascale: Você lançou recentemente a obra "Hu-Qi - Parte 1 - O Medalhão e a Passagem" (Saraiva – Livros Digitais). Poderia comentar?

Gisele Aparecida Pereira da Silva: Todo livro é como um filho e acredito ser um pouco suspeito pedir para o autor falar sobre sua obra. O que posso dizer é que é um livro intenso, com personagens intensos, em especial a principal, Adriana de Owen. O mais interessante, porém, é que a intensidade da história não faz dele menos romântico, tão pouco diminui o suspense que envolve o enredo.
Adriana é uma celebridade do mundo da música. De fato ela tem tudo que qualquer pessoa desejaria, mas ao mesmo tempo é repleta de conflitos interiores, com os quais muitas mulheres podem se identificar. Sua vida começa com uma tragédia familiar e de repente ela se vê envolvida em uma série de mistérios com raízes nesse passado e na própria história de sua família, uma linhagem de nobres escoceses.
O livro também é muito rico em informações, tanto com relação à cultura brasileira e escocesa, como em relação ao universo da música. Os lugares citados na obra, tais como endereços, bares, prédios, em sua maioria são todos reais, de modo que o leitor pode até experimentar a sensação de visitá-los ou localizá-los por pesquisas na internet.
Se eu pudesse resumir, diria que Hu-Qi é um romance contemporâneo, com um enredo envolvente e para todos os gostos.

Ademir Pascale: Para quem você indicaria o seu livro?

Gisele Aparecida Pereira da Silva: É um livro que pode ser lido por leitores das mais variadas preferências: românticos, aficionados por suspense e até por aqueles que se interessam por temas sobrenaturais.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Gisele Aparecida Pereira da Silva
: Um ponto interessante neste primeiro volume do livro é o romance entre Adriana, uma “metaleira” de sucesso, e Tiago, um rapaz tímido que estuda para ser maestro. Como esperado, as diferenças de gostos musicais tornam esse amor inusitado e até pitoresco. Em destaque, trago aqui o trecho em que eles se encontram à primeira vez, numa aula em que Adriana é a palestrante convidada e Tiago o aluno.

(...) Olhou o relógio, amaldiçoando-se por estar alguns minutos atrasado... Abriu a porta sem se dar ao trabalho de bater e o som característico de pessoas conversando, em meio à música que preenchia todo o ambiente, invadiu seus ouvidos... Sentiu no ar um cheiro levemente amadeirado, que lhe provocou um certo arrepio, muito embora não tivesse distinguido a origem de imediato... Foi então, com intenso assombro, que a viu pela primeira vez...
Devia ter 1,70 de altura; cabelos dourados; pele levemente bronzeada; olhos azuis cor do céu; tatuagens... ela tinha tatuagens. Usava um jeans colado ao corpo, botas de cano alto e uma camisete branca... decotada e ainda mais colada. O mundo de Tiago parecia ter parado... Sentiu o coração disparar; a garganta estava seca e as mãos úmidas... Um misto de medo e admiração o assaltou diante da constatação de que nunca havia visto mulher mais linda...
Mas quem seria? Algo naquele jeito profundamente melancólico, ao mesmo tempo atrevido, fazia com que se recordasse de alguém muito próximo, mas não sabia quem. Parecia rebelde e clássica; doce e acre; amor e ódio; misturas completamente opostas, mas que se combinavam perfeitamente nela. Até mesmo as roupas casuais que usava davam-lhe uma altivez que poucas mulheres tinham...
— Senhor de Bricassat? — chamou-lhe lançando um olhar profundamente indiferente, despertando-o de seu transe — Será que pode tomar seu lugar ou terei que entrar com um requerimento formal junto à direção para obrigá-lo a isso?
A sala inteira virou-se em sua direção... Talvez esperassem uma discussão ou que ele saísse como protesto mudo, mas ao contrário de tudo aquilo que o bom senso determinava naquela guerra psicológica, limitou-se a enrubescer... Estava bancando o idiota na frente de dezenas de pessoas e isso lhe era aceitável e até normal, mas naquele momento sentiu-se ridículo por ter procurado a direção tentando afastá-la do Conservatório, de modo que calou-se diante da afronta e sentou-se obedientemente.
— Pois muito bem... — iniciou — Para quem não me conhece... Muito prazer, meu nome é Adriana de Owen... Para quem pensa que me conhece... — salientou a frase olhando-o com ar irônico e desafiador _ Sinto informá-los que meus talentos vão um pouco mais além que o de líder de uma banda de heavy metal... ou rock in roll... ou qualquer outra designação que desejarem dar...
“Toco piano, desde o clássico até o mais moderno, domino muito bem o violino, violão e estou ultimamente me arriscando nas harpas. Guitarra, senhores, é o instrumento que sei tocar menos...”
Adriana de Owen... As pernas estavam ainda mais moles que antes; as mãos tremiam. Como não perceber a intensa semelhança com a Condessa de Owen? Como seria possível que os caminhos da vida o tivessem colocado diante da neta perdida de Marion de Owen? Baixou os olhos, envergonhado, e a cada qualificação que acrescentava em sua apresentação, afundava na cadeira como se alguém lhe passasse um sermão. (...)


Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar do livro "Hu-Qi - Parte 1 - O Medalhão e a Passagem "?

Gisele Aparecida Pereira da Silva: O livro está sendo vendido apenas como E-Book, através da livraria digital da Saraiva: Clique aqui.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Gisele Aparecida Pereira da Silva: Vários! No momento estou iniciando mais um volume de Hu-Qi. Pretendo lançar a segunda parte no próximo ano. A previsão são quatro partes, mas tudo pode mudar quando se está escrevendo! Paralelamente, estou reunindo crônicas para edição de um livro de histórias ilustradas, que pretendo lançar até o final deste ano.

Perguntas rápidas:

Um livro: A menina que roubava livros
Um(a) autor(a): J. R. R. Tolkien
Um ator ou atriz: Morgan Freeman
Um filme: Invictus
Um dia especial: O Hoje

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Gisele Aparecida Pereira da Silva: Gostaria de agradecer a oportunidade de expor esse meu novo trabalho através dessa entrevista. São iniciativas como esta que abrem caminhos para a nova safra de escritores brasileiros. Para quem se interessar em saber mais sobre meu trabalho deixo meu email de contato, gpensadora@gmail.com, e o endereço do meu blog onde publico novos textos com frequência http://gpensadora.blogspot.com.br

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Hu-Qi - Parte 1 - O Medalhão e a Passagem - Gisele Aparecida Pereira da Silva

 

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Editor e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale - ademir@cranik.com - www.twitter.com/ademirpascale
Entrevistada: Gisele Aparecida Pereira da Silva.
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