ENTREVISTA COM A ESCRITORA CAROL BONACIM
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista a escritora Carol Bonacim
 (26/05/16)

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Carol Bonacim - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Carol Bonacim: Bom, informo que sempre gostei de escrever; quando era adolescente acostumava redigir alguns textos extracurriculares e mostrá-los para o meus professores de redação, e isso sempre me rendeu bons comentários. Sou amante dos livros, e considero-me bastante eclética, pois vario muito os gêneros das obras de acordo com o meu estado de espírito; por exemplo, atualmente estou lendo uma obra que enfatiza o autoconhecimento e a meditação, porém, assim que terminar meus estudos, devo ler outros dois livros que deixei previamente separados na minha estante, e as obras pertencem aos autores Agatha Cristhie e Marcelo Rubens Paiva.

Corolário foi no ano de 2013 que comecei, de vez, a desenvolver o hábito da escrita e pôr à prova minha criatividade e imaginação; foi nesta época que surgiram as manifestações populares no Brasil pedindo atenção e melhorias nos direitos básicos dos cidadãos, na qualidade de vida, e justiça para todos. No transcorrer desta revolução, comecei a elaborar textos, diálogos e crônicas que traduziam o descontentamento geral da nação para com a política nacional, e quando percebi, já tinha criado o primeiro volume de Operação Arcádia.

Digo que minha obra prima foi um alento para o meu espírito incitado pela revolta e desejoso por justiça, além de ter se revelado numa fonte de terapia para os problemas pessoais e profissionais que enfrentava no período. Desde então, nunca mais parei de escrever, e Operação Arcádia evoluiu, tornando-se a maior obra retratada em forma de quadrilogia.

Ademir Pascale: Você é autora do livro "Operação Arcádia", uma obra com mais de 600 páginas. Poderia comentar?

Carol Bonacim: Operação Arcádia é um romance policial que retrata com similitude o atual panorama social, político e jurídico brasileiro. A obra retrata a saga da delegada federal Diana Toledo, responsável por comandar uma unidade da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCOR) da Superintendência da Polícia Federal da cidade de São Paulo. Ela começa a acompanhar os rastros de uma grande e poderosa quadrilha de tráfico internacional de entorpecentes, e para apurar o envolvimento de alguns suspeitos, a delegada viaja para Brasília, (DF) onde participa de um evento social, e conhece o galante e jovem empresário Leonel Foster Castilho, por quem começa a nutrir fortes sentimentos.

Durante a investigação, Diana consegue aprisionar três importantes colaboradores do tráfico, despertando a ira do chefe da organização criminosa. Assim, a policial se torna o alvo de uma emboscada, e se fere gravemente durante um tiroteio, sem esperanças de sobreviver ao ataque. Diana fica surpresa com a chegada repentina de Leonel que consegue resgatá-la; seguem para uma ilha paradisíaca no Município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Ao recobrar os sentidos e retomar a consciência, Diana descobre, em meio a grandes revelações, a existência de uma intensa e avassaladora paixão, vivenciando-a ao lado do empresário espanhol. Todavia, para que possam ficar juntos, os amantes precisarão sacrificar o amor que os une, a liberdade, e, quiçá, a própria vida, tudo em prol do enfrentamento do poderio desenfreado do chefe do crime organizado; um político muito influente que não medirá esforços para destruí-los, bem como extinguir, de uma só vez, o curso da Operação Arcádia.

Ademir Pascale: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo demorou para escrever esse livro?

Carol Bonacim: Sou amante de histórias policiais, gosto de analisar os meandros das investigações, os meios utilizados para a captação das provas, os recursos e as tecnologias empregados para o deslinde do crime, gosto de pesquisar o tipo de poderio bélico usado tanto pelos mocinhos quanto pelos fora da lei e, sobretudo, sou fã da inteligência policial desenvolvida para a conclusão dos trabalhos investigativos.

Tive a oportunidade de experimentar, na prática, como se dá a persecução de toda trama investigativa, a apuração dos crimes e o detalhamento deles por meio dos inquéritos policiais e termos circunstanciados. Nesta época, além de estudante de direto, estagiava no Ministério Público do Estado de São Paulo, e por isso tive acesso aos autos criminais que corriam na sede do juízo, bem como as investigações em curso na própria delegacia. Creio que foi a partir deste período que a paixão e o respeito pela instituição policial surgiram, e desde então, sempre me mantive antenada com a atuação das corporações tanto nos Estados, como na União. No entanto, os crimes e apurações que mais aguçam meus sentidos e curiosidades são os investigados pela Polícia Federal, corporação esta que, cá entre nós, de uns tempos pra cá, vem só fisgando peixes enormes!

Sempre acompanho os caminhos das operações através de jornais, revistas, televisão, e ainda aprofundo meus estudos com a pesquisa feita no site oficial da instituição envolvida no caso. Há anos que sigo a atuação das policias judiciárias no combate ao crime, desvende de mistérios e atuações operacionais, e, portanto, tornou-se muito fácil para eu criar uma trama policial envolvendo crimes hediondos, equiparados, corrupção e colarinho branco. Em apenas um ano e meio consegui redigir os três volumes de Operação Arcádia, e para isso, usei minhas tardes disponíveis, madrugada, finais de semana e feriados, momentos estes que pude testar minhas habilidades e executar a minha imaginação tão aguçada e à flor da pele. Pouco mais de seis meses depois, Operação Arcádia - Missão Delta ficou pronto, ocasião que finalizei a jornada da nossa querida delegada federal.

Mesmo sendo obras vastas e extensas, a quadrilogia Operação Arcádia foi elaborada de forma ímpar, pois abusei e inovei na estrutura textual e gramatical, ao usar a linguagem coloquial e sotaques regionalizados, tudo para tornar o texto atrativo, objetivo e intrigante. Confesso que este abuso tem me rendido bons frutos, porque estou recebendo um feedback incrível!

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Carol Bonacim: Eu poderia citar várias passagens, pois, modéstia à parte, a obra foi elaborada de uma forma bem simples, contudo, detém um forte poder de atração e captação da atenção dos leitores, tornando-os ligados e curiosos para seguir acompanhando o desfecho da história. Entretanto, como meu espaço é diminuto, escolhi as duas passagens a seguir; elas demonstram, ao meu ver, toda essência e magia de Operação Arcádia:

Página 295: “ (...) A jovem correu para dentro do avião, e olhou atentamente para cada fileira de bancos, bem como na cabine, e nada, até que ao olhar por uma janela, notou os outros dois bandidos correndo pela pista. Ela voltou para a parte traseira da aeronave com o fim de alcançar a pista e abordar os fujões, momento em que sentiu uma pegada em seu tornozelo direito, o que a fez cair no chão. A delegada bateu a cabeça em algum objeto e sentiu um pouco de tontura. Porém, tal fato não foi empecilho para que ela revidasse. Ainda deitada sobre o chão, a policial começou a chutar o rosto do bandido com força, contudo, ele não largava a perna dela. A federal localizou sua arma à frente, a 9mm, e se esticou ao máximo para poder pegá-la. Ao alcançar a pistola, a destravou e alvejou o bandido. Ela atirou cinco vezes no rosto do homem, instante que ele finalmente soltou as pernas dela; estava morto.

A delegada se levantou e correu para fora do avião. Ela iniciou uma perseguição aos outros meliantes, que naquela altura, já estavam muito distantes dela. A policial começou a correr, e corria o máximo que conseguia. “Porque não vim de tênis!”, ela lamentou. Por mais confortável e segura que fosse a coturno dela, o sapato tinha um pouco de salto, e isto dificultava um pouco em uma corrida de velocidade. A jovem conseguiu avistar os fugitivos tentando entrar em outro avião, foi quando sua equipe chegou, e os rendeu.”

Página 550/551: “(...) A delegada sentou na areia, e em seus braços segurou o pequeno Pitágoras, enquanto Leonel, Fernando, Martin, e uma leva de afilhados do piloto caíram na água. A policial olhou para o mar e viu que todos se divertiam, brincavam, sorriam e gritavam; estavam felizes. Ela sentiu um contentamento fora do normal, como nunca havia sentido antes. Por uns segundos, ela fechou os olhos e respirou fundo; sentiu-se leve, única e feliz. Depois, a federal começou a fazer uma breve reflexão de tudo que havia acontecido, desde o início da operação em Brasília, passando pelo tiroteio e, finalmente, o seu encontro com Leonel e o amor que haviam descoberto juntos naquele lindo lugar paradisíaco. A moça olhou para o homem amado e o admirou. Ela o viu brincar com as crianças, e percebeu como ele era amoroso e gentil com elas; os infantes o adoravam. A delegada chegou a pensar se tudo aquilo que ela estava vivendo era real, e se ela era merecedora de tanta felicidade. Na ilha, Diana se descobriu, ela pôde ser ela mesma, sem máscaras e sem defesa, e quem a ajudou a se descobrir fora Leonel, o grande amor da sua vida.”

Ademir Pascale: Para quem você indicaria a leitura de "Operação Arcádia"?

Carol Bonacim: Indico O.A para todos os sonhadores, batalhadores, idealizadores, aqueles que visam um mundo melhor, que buscam uma vida digna, justiça social, equidade, paz, amor, esperança, que acredita na fé ao próximo, no companheirismo, na amizade, na temperança, e para os que defendem a permanência dos laços familiares. A série Operação Arcádia está acessível a todos, desde a pessoa mais simples e humilde, ao mais elegante e culto. A obra não esbarra em fronteira social, econômica, política ou mesmo religiosa; ela é uma ficção geral e abrangente, que se amolda perfeitamente ao nosso cotidiano, seja na semelhança da convivência familiar dos personagens, na cumplicidade existente entre os agentes policiais, o respeito e consideração ao próximo, pela busca incessante da verdade, na preservação de amizades genuínas, e pelo sentimento de amor em essência vivenciado pelos protagonistas, que são duas pessoas diferentes, pertencentes a mundos e culturas distintos, mas que, mesmo sob todas as divergências, se completam e se amam na forma original do Ser.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir o seu livro e saber mais sobre o seu trabalho literário?

Carol Bonacim: O primeiro volume de Operação Arcádia está disponível para venda, tanto no formato físico, (papel), como no digital, (e-book), nos sites da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br), Chiado Internacional (www.chiadoeditora.com) e Amazon (www.amazon.com.br)

Para saber mais sobre esta subscritora, deixar algum recado, conselhos, sugestões, críticas, reclamações, e elogios, seguem os endereços virtuais do Facebook (www.facebook.com/caroline.oliveirasouza) ; Tuwiter (www.tuwiter.com/karollak2) ; Skoob (www.skoob.com.br) , Blog (www.carolbonacim.blogpost.com) e Site (www.carol-bonacim.simplesite.com)

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Carol Bonacim: Sim, existem vários projetos, e espero que todos eles se concretizem num futuro não muito distante, mesmo sabendo que o processo de edição e de publicação envolve um investimento de alto custo, e é bastante burocrático.

O próximo livro a ser lançado, ainda sem data prevista, é Operação Arcádia 2 – O acerto de contas Parte I, onde continuo a descrever a trajetória da delegada federal Diana Toledo no enfrentamento dos crimes, na captura dos criminosos, na defesa da lei e da ordem. Entretanto, as aventuras da valente delegada não param por aí; segue a continuação dessa gigante narrativa nas obras conseguintes: Operação Arcádia 3 – O acerto de contas Parte II, e Operação Arcádia 4 – Missão Delta, o último livro da série.

No momento atual, finalizo mais um romance, mas desta vez, não abordo temas policiais e nem histórias carregadas de ação e aventura; trata-se de um enredo que relata o envolvimento amoroso de uma moça da elite branca paulistana, com um rapaz negro residente numa comunidade carente da capital paulista. É um conto cheio de intrigas familiares, que aborda temas como o preconceito racial e social, a marginalização dos negros e dos mais pobres, o momento de vitória e superação dos oprimidos, além da descrição de uma bela história de amor aflorada em meio a tantas adversidades.

A imaginação desta autora vai além; há muitas outras invenções e obras, tanto em planejamento como em execução, mas estas somente serão reveladas no momento oportuno.

Perguntas rápidas:

Um livro: Vidas Secas
Um (a) autor (a): Graciliano Ramos
Um ator ou atriz: Raul Cortez/ Adriana Esteves
Um filme: Piratas do Caribe/ Tropa de Elite
Um dia especial: O dia que segurei meu livro (Operação Arcádia) pela primeira vez!

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Carol Bonacim: Aproveito a oportunidade para dizer que recentemente estive na cidade de Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro, onde recebi um prêmio como Personalidade 2015, na categoria Artes Literárias, bem como tive a honra de tornar-me membro correspondente do douto colégio de artistas. Foi um evento muito especial e glamuroso, repleto de gênios e mestres de todas as esferas da Arte, e na ocasião, tive o privilégio e a chance de conhecer um grande escritor e artista, que numa roda de prosa, me deu o seguinte conselho: “Escreva com o coração, com seu sentimento. Seja você, seja autêntica e genuína. O poder da criação é infinito, e todos somos capazes de construir os mais belos textos e artes. Acredite no seu potencial, no seu valor, não desanime nas dificuldades, siga sempre sua intuição e jamais desista dos seu sonhos.”.

O conselho serviu para reafirmar e constatar a minha forma de ser, de pensar, de lutar e conquistar. É com o coração, com as sensações, com a mente aberta, com amor e compaixão ao próximo que escrevo, e assim espero permanecer até que minhas forças esmoreçam, quando restará apenas meus ideais e ideias transcritos numa folha de papel. Acredito que este é o verdadeiro e único caminho para que todos nós, artistas, alcancemos a gloria e a dádiva de sermos lembrados por muitas gerações.

Gostaria de aproveitar o momento, permissa venia, para agradecer ao senhor Ademir Pascale e a toda equipe Livros Destaque pela entrevista, atenção, confiança, e pela oportunidade conferida de divulgar quem sou e o meu trabalho.

Para adquirir o livro da autora: https://www.chiadoeditora.com/livraria/operacao-arcadia. Exemplares também podem ser adquiridos diretamente com a autora. Contato via e-mail: karollak2@yahoo.com.br, ou através do perfil no Facebook. www.facebook.com/caroline.oliveirasouza  

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Operação Arcádia - Carol Bonacim

 

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Editor e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale - ademir@cranik.com - www.twitter.com/ademirpascale
Entrevistada: Carol Bonacim.
E nos informar pelo e-mail:
cranik [@] cranik.com  

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