Aprecie com os olhos, deguste com os ouvidos e sinta
com o coração, essa é a formula mágica para apreciar
essas historias de amor.
Por : Junior de Barros
CRÍTICA: Para quem se saiu
excelentemente bem, no papel de Deus, Morgan Freeman,
se coloca de forma extremamente sutil, mais consegue
com muita delicadeza ultrapassar um simples papel de
ator coadjuvante e ficar lado a lado com todos os
protagonistas da historia no filme Banquete de Amor.
Romances e relacionamentos desfeitos, para quem
nunca imaginou que pudesse se apaixonar, já estando
apaixonada, esse filme mostra o contrario, logo nos
seis primeiros minutos de filme, um casamento de
seis anos e meio é desfeito por conta de uma paixão
avassaladora que pega duas mulheres de surpresa após
o final de uma partida de beisebol, claro, uma dela
é casada.
Banquete de Amor, em muitos momentos lembra filmes
do tipo, Simplesmente Amor e Falando de Amor, a
formula é simples, casamentos desfeitos, paixões
avassaladoras, pares imperfeitos e historias de amor
entre vários conhecidos, cujas vidas se cruzam de
diversas formas em diversos momentos formando essa
grande teia de ações e reações que muitos chamam de
destino.
Harry Stevenson (Morgan Freeman) é um professor
universitário que perdeu o filho médico para as
drogas há um ano atrás, se sentido culpado pela
queda do filho, para de trabalhar e passa a vida se
culpando e amargurando pelo fato de não ter
percebido o problema do filho a tempo, dessa forma
ele acaba sendo encaixado pelo destino como
telespectador de varias historias, muitas vezes não
tão românticas entre pessoas que estão a sua volta,
a mais intrigante é de seu ex aluno Bradley (Greg
Kinner), que é o pivô total do filme, na verdade o
filme gira em torno dele e de sua frustrante vida
amorosa decadente.
Bradley é o tipo bonitão que toda mulher procura, é
um cara honesto, sem vícios, dono de uma das
melhores cafeterias em algum lugar no Oregon, porém
o seu excesso de fé nas pessoas e sua inocência
fecham os seus olhos para a forma como as pessoas
agem e vêem o mundo a seu redor, nessa grande roda
gigante de alto e baixos emocionais, mesmo assim ele
continuará tentando, mesmo depois de ter perdido sua
mulher, para outra mulher, continua buscando o amor
nas formas mais coerentes e corretas, demonstrando
seu afeto pelas pessoas e buscando um ideal amoroso
em comum, parece filosófico sim, mais não é. Bradley
sofre demais, muito mesmo, ele é um verdadeiro pé
frio para relacionamento, mesmo tendo uma grande
lista de qualidades, para a nossa sociedade hoje,
ele é o famoso Banana!
O Romance não gira apenas em torno de Bradley, mais
dos casais que ele uniu através de sua dor também,
assim é o caso de sua segunda ex mulher Diana (Radha
Michel) e seu amante, que já vem de brinde na
relação antes do casamento dela, seu cafeteiro, o
jovem Oscar (Toby Hemingway) que embarca na garra e
na coragem um relacionamento com a jovem Chloe (Alexa
Davalos) e realiza todos os seus sonhos ao lado da
jovem garota, á quem fez jurar de amor eterno, mesmo
tendo a sombra ameaçadora do pai sempre rondando sua
vida.
Não posso negar em dizer que é um filme extremamente
inteligente, com uma trilha sonora fantástica, que
encaixa e complementa todos os momentos especiais do
filme trazendo um senso comum que foge muito dos
finais felizes Hollywoodianos que já estou me
acostumando a não ver mais, nesses gêneros de
filmes.
Título Original: Feast of Love
Gênero: Romance
Duração: 101 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidora: MGM/Europa Filmes
Direção: Robert Benton
Roteiro: Allison Burnett, baseado em livro de
Charles Baxter