CRÍTICA:
O BANHEIRO DO PAPA -
Filmes com nomes incomuns são corriqueiros e provam
que no mundo do cinema a criatividade está presente
do inicio ao fim da produção. Uma das últimas provas
desse conceito na sétima arte é o filme O Banheiro
do Papa. Mas, não se engane. Esse longa-metragem é
muito, mas muito mais do que um simples nome pouco
convencional.
Co-produção entre Brasil, Uruguai e França o
principal destaque é o foco dado para o filme. O
Banheiro do Papa é divertido, na medida certa, e ao
mesmo tempo existem momentos sensíveis que levam as
lágrimas com sensibilidade e emoção. Ou seja, um
filme que une de forma excepcional comédia e drama.
Suas sutis observações sobre a fé, o capitalismo, a
sociedade e a mídia não parecem nunca lições de
moral - e são absorvidas em meio à bem contada
história.
Não nego que comecei a ver o filme com uma pulga
atrás da orelha. Mas, ao ser levado para dentro
dessa história não tive como não me apegar a
personagens tão ricos, densos e cativantes. Agradeci
cada segundo assistido. O Banheiro do Papa é
recomendado para quem gosta de sentir na pele o
drama dos menos favorecidos. O Banheiro do Papa é
recomendado para quem se emociona com o sonho do
próximo. O Banheiro do Papa é obrigatório para quem
quer descobrir onde morre uma esperança e nasce
outra.
Sinopse - A incrível história começa algumas poucas
semanas antes da visita do papa João Paulo II a
Melo, cidadezinha uruguaia quase na fronteira com o
Brasil, em 1988. A presença do Sumo Pontífice causa
furor na população do lugarejo, mas essa comoção não
tem nada de religiosa a visita atrairá 20 mil
brasileiros ao lugar. Ou mesmo 40 mil. 60, dizem
alguns.
Toda essa brasileirada terá que comer, e Melo
inteira prepara-se como pode para alimentá-los,
sonhando com a riqueza dos Cruzeiros vizinhos.
Endividam-se... e tome montagem de barracas de
lingüiça, torta, bandeirola, churrasquinho,
empanada...
Mas o simpático Beto tem outros planos. Pequeno
contrabandista para as vendinhas locais - ele
atravessa a fronteira duas vezes ao dia de bicicleta
velha, carregando porcarias e fugindo dos oficiais
aduaneiros -, ele pensa além de seus compatriotas.
Se os brasileiros vão comer tanto assim, terão que
se aliviar. Para tanto, precisarão de um banheiro! E
lá vai Beto arrumar dinheiro para os blocos, canos,
porta de luxo... só falta mesmo o vaso. Mas esse ele
vai buscar ali, rapidinho, do outro lado da
fronteira.
Distribuidora: IMOVISION Ano: 2008
Trailer do filme O Banheiro do Papa -
Divulgação
Filme:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Renato Alves
– Jornalista e Professor de Cinema -
rjasss@hotmail.com