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RESENHA CRÍTICA DO FILME "OS ESTRANHOS"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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OS ESTRANHOS - (Foto Divulgação)

CRÍTICA - OS ESTRANHOS: A maior surpresa de “Os Estranhos”, para mim, é esse filme de terror dar certo, já que, sem cerimônia nenhuma, não passa de um pastiche, muito bem feito isso é verdade, de um punhado de obrigações do gênero. E talvez, seja esse mesmo seu grande acerto, como uma colcha de retalhos, e não uma cópia.
É lógico, que isso dá uma idéia depreciativa a produção, coisa que precisa ser afastada rapidamente, já que, muito, mas muito mesmo, pelo contrário, o filme de estréia do jovem texano Brian Bertino, consegue fazer o que muitos vem, preguiçosamente, tentando em Hollywood: fazer um filme de terror, original, que preste.
Não que original seja a palavra chave, já que é impossível não olhar para “Os Estranhos” e não enxergar o dedinho de “Jogos Perigosos” de Michael Haneke e até, de um mais recente filme francês chamado “Ils” (no Brasil lançado direto para DVD como “Eles”), ambos extremamente semelhantes, tanto em sua estrutura narrativa, quanto nos pilares de sustentação de suas tramas, com seus casais, ou família, no caso do de Haneke, abordados por figuras misteriosas que, sem qualquer razão aparente, decidem transformar suas vidas em um inferno.
O que “Os Estranhos” faz de diferente, é aproximar o espectador dos algozes do filme, do mesmo jeito que o terror vem fazendo a décadas, com suas máscaras sem expressão e seu andar calmo, sempre espreitando suas vítimas, como se controlassem exatamente todas variantes de uma equação mortal e inevitável. E é exatamente esse receio do inevitável que o diretor, e roteirista, em ambos ótimos trabalhos, consegue explorar ao máximo.
Primeiro de tudo, dá a dupla de personagens vividos por Liv Tyler e Scott Speedman, um extinto de sobrevivência digno de última vítima de “Sexta-feira 13”, com aquela impressão de que eles, simplesmente, só não querem ser isso mesmo, vítimas. E é nesse momento que o filme ganha o espectador, já que ele percebe o quanto tudo aquilo é inútil diante do três mascarados que resolvem, simplesmente botar terror, no casal. Isso mesmo, aterrorizar, já que, em grande parte da trama, o trio está ali presente apenas marcando sua presença, forçando portas, desligando luzes e mais uma porção de coisas que mataria qualquer um de medo.
Bertino não deixa o filme se transformar em um slasher qualquer, e aposta em criar esse clima todo que envolve a trama, um incômodo perturbador que, associado a uma tensão crescente, deixam-no sufocante ao extremo. É com essas ferramentas narrativas em mãos, que o diretor acaba fazendo o ótimo trabalho de reciclar idéias e mais idéias, como uma câmera que finge ser mexida, mas na verdade, é muito certeira e forte em seus enquadramentos, sempre com um composição repleta de informação, manipulando o olhar do espectador e, deixá-o sempre com a aquela expectativa do bote, do susto, que não acontece naquele momento, mas sim logo em seguida. Nada que nunca tenha sido feito, apenas mais do que está bem esquecido.
O diretor ainda acerta na mosca quando cria um filme sutil, onde os tais estranhos perambulam pelos planos de fundo das cenas (mais uma vez nada de novo, só esquecido lá pelos anos 80), dando sempre aquela vantagem para o espectador em cima do personagem, já que ele sabe muito mais do que quem está na tela, ansiando por ele, querendo tirá-lo do inevitável.
É óbvio que, em certos momento “Os Estranhos” acabam tendo que cair na velha fórmula do casal se separando e a mocinha se transformando em uma vítima clássica, mas ainda assim, exala um frescor devido a uma situação que, no fim das contas, acaba sendo pouco explorada no cinema, aquele medo intrínseco do desconhecido. Em certo momento do filme, vendo um, do trio de estranhos, parado encarando sua janela o personagens afirma que “as pessoas não ficam simplesmente paradas olhando para alguma coisa, elas devem querer algo”, bem mais tarde, os próprios agressores respondem a essa afirmação (Aqui pode ser que tenha um Spoiler!) com uma razão para o terror, “por estarem em casa”, algo ilógico, frio e que incomoda por não se mostrar racional diante dos padrões cinematográficos, mas que no fim das contas acaba por se mostrar uma ótima razão para um, ótimo, filme de terror. (Fim do Spoiler... e do texto)

Ficha Técnica
Título Original: The Strangers
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano: (EUA): 2008
Distribuidoras: Universal Pictures/Paris Filmes
Direção e roteiro: Bryan Bertino
 

 
Trailer do filme "OS ESTRANHOS"

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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