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RESENHA CRÍTICA "O VIDENTE"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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O VIDENTE - (Foto Divulgação)

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CRÍTICA - O VIDENTE: Talvez o maior acerto de “O Vidente” seja não se deixar cair na sedução de criar um herói de filme de ação anabolizado e esteriotipado, mas sim um cara que pode ver dois minutos no seu futuro, mas que usa essa habilidade para ganhar uns trocados em um cassino, conquistar a mulher de sua vida e, melancolicamente, saber que seu destino não é uma incerteza que beira seu presente, mas um leque de possibilidades de futuro que ele tem para escolher, sem surpresa nenhuma.
Dez entre dez John McClanes e Jason Bournes se deliciariam com a possibilidade de prever as ações de seus inimigos, e Neo morreria de inveja, mas o mágico de Las Vegas Franck Cadillac, Chris Johnson de nascimento (Nicolas Cage), pelo contrário, não quer salvar o mundo, e foge comob o diabo da cruz quando a agente do FBI Callie Ferris (Julianne Moore) vai procurar sua ajuda para encontrar um grupo de terroristas que pretendem explodir uma bomba nuclear em Los Angeles.
Chris “Caddilac” não quer saber de ajudar ninguém, a não ser ele e uma pretensa figura paterna, Irv (participação especial do Columbo Peter Falk), tirando isso, só quer encontrar a mulher que, recorrentemente, aparece em suas visões entrando em um restaurante as oito horas, sem saber se da manhã ou da noite, o obrigando a bater cartão nos dois períodos, até dar de cara com Liz Cooper (Jessica Biel).
O diretor Lee Tamahori não despreza as possibilidades de criar cenas de ação de tirar o folêgo (como vem fazendo em “007- Um Novo Dia para Morrer” e a continuação de “Triplo X”), mas foca muito mais a ação do filme nas pequenas coisas, como a seqüência da saída do cassino no começo, onde o protagonista vai “adivinhando” os próximos passos de seus perseguidores. Ele percebe que o principal atrativo do filme está em brincar com as possibilidades do poder de “Caddillac”, na maioria das vezes, do jeito mais simples mesmo, com a repetição da cena, sem muito mise-em-cene, nem efeitos visuais.
Até o uso de slow motion, Tamahori faz com consciência (coisa que não vem ocorrendo no cinema atual), usando-o para acentuar mais ainda o poder do personagem para o espectador.
Clichê, só o de mostrar Jessica Biel de roupa íntima, Tamahori parece se preocupar muito mais em contar uma história de um modo consistente, explorando uma ou outra tomada mais longa, sem nunca desprezar a natureza triste e sem surpresa de “Cadillac”.
Mas é graças a uma boa atuação de Nicolas Cage, que o filme ganha mais força, já que o ator se mostra em seu terreno, onde ele pode criar um personagem com um contexto ( faz besteira sempre que resolve viver algum herói de ação no cinema) , com um passado, com um problema. Ao mesmo tempo que na maioria do tempo, de um jeito blazé, meio confiante ao extremo, desviando de balas e andando calmamente no meio de um tiroteio, também consegue passar uma fragilidade intensa quando o personagem se depara com a previsibilidade de seu futuro.
O filme só escorrega feio no roteiro, que absurdamente resume toda a trama em volta do ataque terrorista em uma frase, de um agente qualquer do FBI (que só aparece uma vez) ao discutir com a agente Ferris. Ainda cria um grupo de antagonistas sem propósito, sem uma nacionalidade aparente (um deles fala francês, se eu não me engano)e até sem nomes.
E não é só isso, o trio de roteiristas até finaliza o filme de um jeito inesperado dando um novo rumo ao clichê de acordar e descobrir que tudo foi um sonho (não, tudo não é um sonho, e eu não estou contando o final), mas deixa a toda trama repleta de buracos, com o protagonista enxergando o futuro de situações que não acontecerão com ele, como conversas entre os terroristas, coisa que no começo do filme mostra não conseguir, já que deixa claro que “vê o futuro, mas só o dele”, ainda esquecendo de se decidir se ele é hábil ou não a usar seu poder com a personagem de Biel.
Como se é de esperar “O Vidente” é mais um filme que finge ser uma adaptação do escritor Philip K. Dick, mas que da trama do livro busca pouca coisa, mesmo assim sendo um ótimo passatempo, que não decepciona em quase nada, e consegue ser desfrutado até como um filme de ação, mas com mais cérebro do que parece ter.

Ficha Técnica:
Título Original: Next
Gênero: Ficção Científica
Duração: 96 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidoras: Paramount Pictures/UIP
Direção: Lee Tamahori
Roteiro: Gary Goldman, Jonathan Hensleigh e Paul Bernbaum

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Cena do filme "O VIDENTE" - Foto Divulgação

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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© Cranik - O VIDENTE