CRÍTICA - SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO

Crítica Especial do Filme "SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO"   
por Keila Vieira - Fotojornalista, colaboradora e crítica de cinema - keila.vieira@ig.com.br 
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SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO
SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO  (Foto Divulgação)

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO

CRÍTICA - SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO: Na década de 90 o diretor Vicente Ferraz parte para a ilha caribenha em busca de depoimentos dos responsáveis pelo filme Soy Cuba (1964). Nos créditos iniciais encontramos um agradecimento pela idéia e um plano seqüêncial, que nos faz pensar em agradecer também aos responsáveis pelo longa-metragem. Agradecimentos que se estendem a Ferraz, por desmembrar um filme que precisa ser tema para aulas sobre história do cinema.

O país estava prestes a viver a Revolução Cubana e o cinema aportava em suas nas praias por pura admiração de seus cidadãos. Por isso, os dois se tornam uma coisa só, apesar de ambos fazerem parte de uma revolução na época: das artes e da política mundial. O mundo soviético envolvido na guerra frio com os EUA e empenhado a promover a sétima arte. Assim, foi aquela idéia da união do útil e do agradável sobre o que acontecia em Cuba.

As filmagens do filme Soy Cuba aconteceram paralelas ao desenvolver das manifestações populares. Diretores, roteiristas vieram da Rússia e o resto da equipe foi contratada no país. Vicente Ferraz no documentário insere imagens da realidade histórica cubana, como um dos discursos de Fidel Castro E é impressionante escutar os cubanos deporem sobre a importância que foi concebida ao cinema de Cuba.

O roteiro de Soy Cuba foi construído por observação, viam-se estudantes em manifestação nas ruas desviando-se de esguichos de água e isso era simulado para o filme, de forma dramática e lenta. A contratação do elenco seguia a premissa do acaso. Via-se alguém, que poderia ser ideal para o papel, e perguntava se queria participar de uma filmagem. Bastava a pessoa aceitar e estava contratada de comum agrado.

Além disso, parte da equipe técnica também fazia suas pontas. E mais, podemos agraciá-lo por sua fotografia excepcional, preocupada com a luz, o que deixa explícito que cinema é para apaixonados. Por esse motivo Ferraz considera o diretor Mikheil Kalatozishvili um Mamute Siberiano.

O roteiro do documentário “Soy Cuba – Um Mamute Siberiano”, em sua primeira parte, nos deixa encantados pelo filme e todos os envolvidos. Depois nos entrega à opinião de uma equipe que não se recorda, ou preferiu esquecer, do período de pós-produção, visto que enfrentaram uma pré-estréia rechaçada pela crítica, proporcionando o seu arquivamento. Nesse momento, penso nas palavras do ex-diretor da então Agência de Cinema Cubana. "Quando precisávamos desse filme, foi ignorado e arquivado. Tantos anos se passaram e ele foi desenterrado para virar peça da arqueologia cinematográfica.” Principalmente porque esse resgate foi feito por diretores norte-americanos em um intervalo que ultrapassa os vinte anos.

Título Original: Soy Cuba, O Mamute Siberiano
Gênero: Documentário
Duração: 90 min.
Ano: Brasil - 2005
Distribuidora: Imovision / Riofilme
Direção e Roteiro: Vicente Ferraz

SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO
Cena do Filme SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO (Foto Divulgação)

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Crítica: Keila Vieira - Fotojornalista, colaboradora e crítica de cinema - e-mail: keila.vieira@ig.com.br - Blogwww.talhoseretalhos.blogspot.com

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