CRÍTICA - SUPERMAN - O RETORNO

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Crítica Especial do Filme "SUPERMAN - O RETORNO"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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SUPERMAN - O RETORNO
SUPERMAN - O RETORNO (WARNER BROS.)

Direção: Bryan Singer

CRÍTICA: SUPERMAN - O RETORNO - Dez anos atrás, aparecia a primeira notícia de que o Homem-de-Aço voltaria as telas de cinema, de lá para cá, foram quatro diretores, pelo menos uma dúzia de roteiros, e no mínimo o dobro disso de atores “escalados” para o papel principal, até que a uns dois anos atrás, Brian Singer largou o terceiro filme dos mutantes da Marvel, carregou toda sua equipe (dos roteiristas até o diretor de arte), arrumou um zé-ninguém desconhecido para o papel do herói e esse ano estréia nos cinema “Superman- O Retorno”, e graças a Deus a espera valeu a pena.
Continuação direta do segundo filme da franquia (primeiro acerto do filme, já que os outros dois são uma das maiores vergonhas do cinema) “O Retorno” começa contando que após a descoberta astronômica de que um pedaço de Krypton (planeta natal do Super, caso algum heremita esteja lendo esse texto) ainda existe, diante dessa notícia nosso herói decide ir atrás desse achado a procura de suas raízes. Depois de uma belíssima abertura, repaginando a original de 78, regada ao clássico tema de John Willians, ficamos sabendo que cinco anos se passaram, o Superman retorna a Terra, e a encontra bem diferente de como ele a deixou: Lex Luthor está livre mais uma vez, o mundo está um caos e Lois Lane está noiva e com um filho, só resta a ele agora tentar retomar sua vida dupla.
Escrito pelo próprio diretor, repetindo a parceria de “X2” com Michal Dougherty e Dan Harris, o roteiro é fraco, deixando muito em aberto essa ausência do herói, e posicionando muito mal a volta de Clark Kent a Metrópolis (lembrando ao heremita: identidade secreta do herói e sua cidade residência respectivamente), tudo fica parecendo que foi mais um fim de semana que meia década de ausência, falta sentimento, além disso ainda erra no plano de Lex, que, por mais que tenha toda megalomania necessária, é meio idiota, fadado a dar errado e lembra muito o do primeiro filme.. É verdade que em um ou outro diálogo eles até acertam, principalmente com o vilão, mas na sua maioria o roteiro é óbvio e em alguns momentos até desinteressante.
Mas realmente quem está interessado em roteiro? Eu quero mais é ver o Superman voando e salvando o mundo, e nisso o diretor se supera.
Pode-se dizer até que o grande herói do filme é o diretor Brian Singer, com seu poder de fazer um cinema empolgante e grandioso sem se preocupar em fazer clichês, seja em filmes menores (“Os Suspeitos”) como em mega-produções (X2), e “Superman- O Retorno” está ai para acimentar de vez essa afirmação. Singer faz um filme tão bom e grandioso quanto o primeiro, mostrando o herói em toda sua grandeza, deixando claro que o último filho de Krypton é realmente o maior super-herói dos quadrinhos.
Em nenhum momento você irá se decepcionar com o Super, ele realmente tem seus poderes explorados ao máximo, não fica faltando nada, não tem como reclamar, e graças a efeitos especiais de cair o queixo, o herói faz bonito, a seqüência do salvamento do avião já entra para a história como uma das mais bacanas da história do cinema, tudo com muita pose de gibi... perfeito.
Do elenco não se tem muito o que dizer, quem veste a cueca vermelha por cima do colã agora é o estreante Brandon Routh, que de ator não tem muito, mas de herói até que passa, acertando quando o assunto é fazer cara e pose de Superman, já como Clark Kent, não precisa de muito, apenas fica sendo uma boa cópia de Christopher Reeve (o protagonista dos outros filmes, viu heremita!), não atrapalhando em nada.
Já o seu amor, a jornalista Lois Lane, é a grande decepção do filme, além de o roteiro ter praticamente se esquecido de toda sua personalidade forte, tanto dos filmes anteriores quanto dos quadrinhos, ainda foi escalada a fraquinha Kate Bosworth, que além de “ruinzinha” demais, ainda nos incomoda de ser muito nova para o papel (a atriz tem 23 anos), estragando um lado que deveria ser o ponto forte do filme, o relacionamento entre o casal.
Mas não poderemos falar do elenco sem falar do maravilhoso Kevin Spacey, como Lex Luthor, que dá um show o filme inteiro, e é claro (como vilão de filmes de super-herói que se preze) rouba a cena cada vez que aparece. Luthor é o vilão clássico, que deseja dominar o mundo, e fazer o herói de pano de chão ao mesmo tempo, e Spacey parece captar essa idéia magistralmente, criando um vilão inteligente, inescrupuloso, insano e engraçado, essa última categoria sendo ajudado pela musa Cult Parker Posey, que mais uma vez mostra porque é umas das maiores atrizes do circuito de cinema independente dos Estados Unidos.
“Superman-O Retorno” é uma experiência visual sem igual, só não se tornando o melhor filme da série pelo roteiro que derrapa em vários pontos, a conclusão é batida demais, mas ver Clark Kent abrindo a camisa e o “S” do uniforme saltando aos olhos é muito legal. Ao final do filme o que vale é aquela sensação de quero mais.

Título Original: Superman Returns
Gênero: Aventura
Distribuidora: Warner Bros.
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Michael Dougherty e Dan Harris
Ano: EUA - 2006

SUPERMAN - O RETORNO
Cena do filme Superman - O Retorno (Foto Divulgação)

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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