FILME - AS TORRES GÊMEAS

Filme "AS TORRES GÊMEAS" 
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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AS TORRES GÊMEAS - (Lions Gate Films)

CRÍTICA: AS TORRES GÊMEAS - Logo depois de sair da sessão de “As Torres Gêmeas”, ainda tentando refletir qual seria minha primeira impressão a respeito do novo filme de Oliver Stone, senti que tinha gostado do filme, que ali estava um exemplo de mais um belo filme desse consagrado cineasta, antes tivesse ficado com essa impressão, por que pouco tempo depois, essa minha opinião ruiu como os prédios do título.
Talvez principalmente pelo nome Oliver Stone no créditos, seria fácil imaginar um filme idealista, emocionante, opinativo, contundente, que fosse mostrar uma história de sobrevivência dentro de um contexto histórico, coisa que ele cansou de fazer em seus filmes, é só dar uma olhada em exemplos como “Nascido em 4 de Julho”, “Entre o Céu e a Terra” e “Assassinos por Natureza” (esse último, por mais violento que seja, é claramente uma das maiores críticas à mídia que eu já vi no cinema).
Depois de uma besteira gigante como seu último filme, “Alexandre”, eu pensava comigo mesmo que “As Torres Gêmeas” seria o projeto que traria de volta aquele diretor forte de antigamente, por tratar de um assunto sensível, que sempre trás à tona as mais diversas opiniões, mas hei que eu dou de frente com um típico filme hollywoodianozinho com roteiro de Made-For-TV, que logo de cara é fácil gostar, mas diante de uma analise maior acaba descobrindo facilmente uma série de defeitos.
O filme mostra a história de dois policiais que ficaram soterrados nos atentado de 11 de Setembro ao World Trade Center, enquanto eles ficam tentando tirar força de não sei onde para sobreviver em baixo desses seis metros de escombros, do lado de fora, só resta a família ficar apreensiva tentando ter notícias dos dois.
Por mais que a história seja real, tendo contado com a supervisão das duas famílias no roteiro, o filme cai na desgraça do clichê, em grande parte pela culpa do diretor que resolve usar descaradamente todo e qualquer tipo de subterfúgio visual e narrativo para te emocionar, não deixando a história em si (que já é emocionante sozinha) deslanchar, principalmente na parte das famílias, é fácil adivinhar de antemão quando aparecerão os closes nas lágrimas, os cortes dramáticos, e as viradas do enredo, tudo muito mastigado, não deixando espaço para se sentir a cena e se emocionar com a situação, você chora quando vê a esposa grávida às lágrimas, e não quando começa a entender que ali está uma pessoa que está vendo sua vida ir por água abaixo.
Mas talvez o que vai ofender mais o público fã do diretor, seja o quanto ele fez um trabalho impessoal, distante, me dá a impressão até de uma obra comprada, algo como dar aos norte-americanos um tipo de remédio contra os atentados, com a sua maior industria, a do cinema, exorcizando os demônios da nação, transformando todos em heróis, e pelo que se sabe nada é assim tão preto no branco, e é exatamente isso que eu senti falta, do cinza da tragédia.
Oliver Stone perdeu uma chance de ouro de marcar a história do cinema, como fez nos anos oitenta com sua trilogia do Vietnã (“Platoon”, “Nascido em 4 de Julho” e “Entre o Céu e a Terra”), ao invés disso deixou para trás todo estilo visual e narrativo que marcou seus filmes, e que fez dele um dos maiores cineastas de sua geração, deixando para Paulo Greengras com seu “Vôo 93” e para “Fahrenheit 911” de Michael Moore o posto de cineastas que conseguiram tirar de uma catástrofe como essa um bom cinema.

Gênero
: Drama
Diretor: Oliver Stone
Distribuidora: UIP
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Cena do filme AS TORRES GÊMEAS (Foto divulgação)

Filme:

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com    

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