CRÍTICA - VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO

FILME "VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO
VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO (Universal Pictures)

ESTES SIM SÃO "CARROS" DE VERDADE

CRÍTICA - VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO: Quando você entra em um cinema para uma sessão de “Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio”, você sabe o que vai encontrar, e está longe de ser algo parecido com “Casablanca”, principalmente se você viu os dois filmes anteriores dessa franquia, por isso, se por um acaso você sente pavor desse gênero, aqui está sua chance de parar de ler esse texto, pois a partir de agora é só elogios.
Para começar o filme sai na frente a quilômetros de distância do terrível “+Velozes e +Furiosos”, e obviamente fica para trás do primeiro, mas se você não analisar a fundo como todo mundo adora fazer, “Desafio em Tóquio” não decepciona.
O primeiro erro é sempre o mais comum, criticar o roteiro, mas que roteiro, será que ninguém percebe que a ausência de roteiro é proposital, é um filme sobre um adolescente desajustado que depois de se meter em um par de confusões automobilísticas pela vida, a mãe o manda para a casa do pai em Tóquio, lá ele tem que se adaptar a uma nova cultura e é claro, sustentar seu vício por corridas clandestinas, é quando ele conhece o mundo do drift (pistas cheias de curvas onde a derrapada é o mais importante), e de quebra se apaixona pela namorada do “Rei do Drift” e yakuza nas horas vagas.
Que aprofundar personagens e situações que nada, desde o primeiro momento você sabe exatamente o que vai acontecer, e não está preocupado, o que você quer é ver carros tunados a 200km/h nas ruas da capital japonesa, manobras cheias de estilo, e de quebra ainda um desfile de nipônicas de mini-saia. À essa hora devo estar sendo chamado de porco chauvinista, mas a verdade é que todo homem gosta de carros tunados e mini-saias. O ponto positivo para o roteiro é saber fazer graça com essa debilitada história, fazendo o filme escorrer testosterona pela tela.
No começo do filme o herói simplesmente, ao perceber que o gordinho está sendo “pintado” pelos valentões vira as costas e vai fazer suas coisas, para logo depois dar em cima da namorada do galã do time da escola e propor uma corrida para ver quem fica com a garota, coisa de macho. Chegando no Japão ele parece não ter vergonha de estereotipar toda a cultura moderna (e antiga) da terra de onde nasce o sol, com direito a japonês com macarrão pendurado na boca e tudo.
Outro erro comum é achar que os personagens não são explorados, e mais uma vez a resposta é a mesma, ninguém quer personagens explorados, quem entra na sala de exibição quer ver carros, mostradores de RPM na tela, derrapadas, pinturas estilosas e mais carros se possível, afinal de contas os verdadeiros astros do filme são os Mitsubishis Lancer Evo os Nissans Skylines, Mazdas RX8s e o grande herói do filme, o Mustang reformado para ganhar a derradeira corrida, representando o novo e tradicional, o tunado colorido e o muscle car ameaçador, o ocidente e o oriente... Viu como até do filme mais raso se consegue tirar algum simbolismo.
A respeito da direção, basta dizer que o diretor Justin Lin, consegue fazer muito bem o trabalho dele, que é não deixar o público ficar tempo suficiente sem imagens impactantes e carros a toda velocidade para perceberem que o filme não tem roteiro e o elenco humano é ridículo (o que é aquele “DK” o tempo inteiro com as sobrancelhas cerradas), tirando o Sun Kang, no papel de Han, que parece estar incrivelmente a vontade no papel.
Voltando a direção, alguns podem reclamar das seqüências de corridas e perseguições, mas aqui vai uma constatação, quem já viu “Bullit”, “Operação França” e “Viver e Morrer em Los Angeles” sabe que o que melhor podia ser feito está ali, aos pobres diretores agora só lhes restam ter aulas desse tipo de seqüência com esses três filmes, e Justin Lin não decepciona, conseguindo mostrar bem claramente esses momentos, sem marcar uma época, como os três citados e o primeiro da franquia “Velozes e Furiosos” fizeram, mas faz um belo trabalho, principalmente quando você pensa que quase uma centena de carros foram parcial ou totalmente destruídos durante as filmagens, sem uso nenhum de computação, tudo no melhor estilo dublê.
Se você chegou até essa parte do texto, ou você gosta realmente de uma caranga envenenada e vai correndo pro cinema, ou deve estar achando que eu não entendo nada de cinema, mas isso não tem importância, o que importa são os carros.

Gênero: Ação
Duração: 105 min.
Pais: EUA
Ano: 2006
Distribuidora: Universal Pictures
Diretor: Justin Lin
Elenco: Brandon Brendel , Daniel Booko , Lucas Black , Zachery Ty Bryan
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VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO
Cena do filme VELOZES E FURIOSOS - DESAFIO EM TÓQUIO (Foto Divulgação)

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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