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RESENHA CRÍTICA DO FILME
"Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll"
 
 por Luis Pires - Jornalista e Crítico de Cinema
e-mail: lpires@uol.com.br      
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Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll (Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll)
Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll - (Foto Divulgação)

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Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll

CRÍTICA: Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll - No início dos anos 80, depois de quase vinte anos de um duro regime militar, o país voltava a respirar os ares da abertura, com o ressurgimento dos partidos políticos pluralistas. O povo retomava o direito de escolher seus governantes, seus parlamentares e as discussões políticas ganhavam novamente as ruas.

Foi nesse clima que diversas revistas de quadrinhos nacionais chegaram às bancas. Geralmente elas tinham como principal característica a crítica de costumes, com personagens como Geraldão (Glauco), Os Piratas do Tietê (Laerte), Níquel Náusea (Fernando Gonzalez), que até hoje podem ser vistos nas tiras dos principais jornais do país. Dentre essas revistas, a de maior destaque foi Chiclete com Banana, na qual puderam desfilar uma infinidade de tipos criados pelo humor anárquico e urbano de Angeli: Rê Bordosa, Meiaoito, Nanico, Os Skrotinhos, Bibelô, Wood & Stock, Rhalah Ricota, entre outros.

Pois a maioria desses tipos pode ser vista agora na tela, com o lançamento do longa de animação Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll, a mais nova criação da Otto Desenhos, dirigida por Otto Guerra, que já havia se aventurado num longa de animação em 1994, com Rock & Hudson: Os Caubóis Gays, outros personagens de tirinhas de jornais.

O filme é uma deliciosa “viagem”, que começa numa festa de embalo na noite do ano-novo de 1972. Num salto de 30 anos, Wood se vê gordo, careca, casado com Lady Jane e pai de um garoto caretão chamado Overall. Além de se ver forçado a abrigar o velho parceiro Stock, despejado de casa depois da morte do pai, seu casamento desmorona e Lady Jane decide dar um tempo, procurando a ajuda do guru picareta Rhalah Ricota.

É quando os dois velhos hippies recebem uma dica mediúnica do profeta Raulzito (numa participação impagável de Tom Zé, que emprestou sua voz ao personagem) e decidem ressuscitar a velha banda dos anos 70. Descobrem que o vocal morreu e o substituem por Sunshine, um punk pra lá de incomum, mas essa peregrinação atrás dos antigos companheiros é apenas um pretexto para o desfile na tela de dezenas de tipos criados por Angeli. Destaque para a participação de Rita Lee que, fazendo a voz da Rê Bordosa, recebeu uma polêmica premiação como Melhor Atriz Coadjuvante no Festival Cine PE. Para as demais vozes, o diretor deu preferência a atores de Porto Alegre, onde o filme foi produzido.

A produção de Wood & Stock traz algumas curiosidades. Entre layouts, cenários e animações foram feitos aproximadamente 40 mil desenhos, que consumiram cinco anos de trabalho da equipe. Algumas cenas foram construídas em cima de músicas dos Mutantes, que tinham muito a ver com o espírito do filme, mas o músico Sérgio Dias, detentor dos direitos, pediu uma quantia considerada muito alta para liberá-las. O jeito foi apelar para Rita Lee e Arnaldo Dias, outros integrantes do grupo, que cederam algumas músicas de suas carreiras solos. Assim, o clima “Mutante” foi mantido.

Inicialmente, o longa havia recebido indicação do Ministério da Justiça como impróprio para menores de 18 anos, por tratar de assuntos como drogas e sexo. Isso fez dele a primeira animação brasileira proibida para menores. Mas a Justiça acatou um pedido dos produtores e posteriormente o reclassificou para 16 anos.

Em sua primeira sessão experimental, para alunos de uma EJA (Escola de Jovem Adulto) em Porto Alegre, o longa não foi bem recebido. No release do filme, o diretor Otto Guerra conta que algumas pessoas ficaram chocadas e uma garota evangélica passou a sessão inteira de cabeça baixa, sem olhar para a TV, o que o assustou. Mas em seguida o filme venceu os prêmios Especial do Júri e Melhor Trilha Sonora no Cine PE, obteve muito sucesso na Mostra de Ouro Preto e também no Anima Mundi (Rio de Janeiro e São Paulo), quando lotou os auditórios nos quais foi exibido.

Wood & Stock chega aos cinemas comerciais em 25/08, começando sua trajetória pelo Rio Grande do Sul, seguindo para São Paulo (15/09), Rio de Janeiro (29/09) e depois de cidade em cidade, num sistema de distribuição independente comandado pela Snif Snif Filmes. Existe também a intenção do lançamento do longa em DVD, ainda sem data prevista.

Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll (2005) - 81 minutos
Direção:
Otto Guerra
Produção:
Otto Desenhos
Vozes principais:
Wood (Zé Victor Catiel), Stock (Sepé Tiaraju de Los Santos), Rê Bordosa (Rita Lee), Raulzito (Tom Zé), Rampal (Felipe Mônaco), Overall (Júlio Andrade), Lady Jane (Janaína Kremer), Sunshine (Michele Frantz)
Distribuição:
Snif, Snif Filmes

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Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll (Filme Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll)
Cena do Filme Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock’n’roll (Foto Divulgação)

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Crítica: Luis Pires - Jornalista e Crítico de Cinema - e-mail: lpires@uol.com.br -blog: www.eliberoquestoposto.zip.net        

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