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Entrevista com Fernando Bonassi.

O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista o cineasta, dramaturgo, escritor e roteirista  "Fernando Bonassi". (04/10/06)

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Mini-Biografia: Fernando Bonassi, 43, é paulistano, cineasta, dramaturgo, escritor e roteirista, autor de 19 livros, entre eles: Corpos: Contos Eróticos - Ed. Limiar; A Incrível História de Naldinho - um Bandidão ou um Anjinho - Ed. Geração, O Amor é uma Dor Feliz - Ed. Moderna; Por um Beijo - Ed. FTD, entre outros. Colunista da Folha de S.Paulo, roteirista de filmes consagrados, como: Estação Carandiru de Hector Babenco, Cabra-Cega de Toni Venturi, Os Matadores, Castelo Rá Tim Bum e Cazuza - O Tempo Não Pára de Sandra Werneck e Walter Carvalho, além de roteiros para programas de TV, como "Castelo RÁ TIM BUM" e "Mundo da Lua", e várias peças de teatro, destacando Woyzeck desmembrado -  consagrando o retorno da parceria feita anteriormente com o excelente ator Matheus Nachtergaele. Veja abaixo a entrevista cedida ao administrador do Portal Cranik, Ademir Pascale Cardoso.

Fernando Bonassi (Fernando Bonassi)
Fernando Bonassi
- (Crédito da Foto: Anderson Schneider)

* Primeiramente, devo frisar que Fernando Bonassi é um dos meus ídolos, o seu trabalho é uma inspiração para os meus, o qual, acredito que muitos roteiristas, cineastas, dramaturgos, escritores e simpatizantes da sétima arte, deveriam seguir. Símbolo de irreverência e originalidade, mostra-se como um grande cidadão participativo em nossa sociedade. Agradeço ao Fernando a gentileza e presteza em sua pronta resposta.

ENTREVISTA

Ademir: No seu ponto de vista, o que é ser um bom roteirista?

Fernando: Aquele que tem fértil imaginação visual e boa capacidade de descrevê-la em palavras.

Ademir: Você acredita que existiu uma melhora no cinema nacional? Se sim, em quais quesitos?

Fernando: Sim e nos roteiros, pois a legislação de incentivo fiscal exige um roteiro pronto, o que deu consistência a minha profissão.

Ademir: Existiu algum filme nacional ou internacional, que mexeu com você ? Se sim, qual e por quê?

Fernando: Hiroshima Meu Amor, de Alain Resnais, pois me parece um filme cuja essência só pode ser obtida nas imagens, é um filme maior que as palavras. Pra mim, como roteirista, é um filme inatingível.

Ademir: Como foi a experiência na penitenciária do Carandiru como roteirista do longa "Estação Carandiru" de Hector Babenco?

Fernando: Conhecer em detalhes um mundo cultural totalmente novo, triste e desolado, o que sempre me inspirou.

Ademir: Para ser um bom roteirista ou diretor, é preciso fazer muitos curtas-metragens antes do longa-metragem?

Fernando: Não. É preciso apenas ser criativo, ousado e ter boa saúde.

Ademir: Você acha melhor trabalhar em dupla na criação de um roteiro? Por quê?

Fernando
: Porque é sempre o encontro de duas inteligências que possibilita a melhor síntese nos diálogos.

Ademir: Como anda a criatividade dos roteiros no cinema mundial? Houve alguma melhora?

Fernando: Criatividade e ousadia está nas imagens produzidas para a internet. O cinema como meio, perdeu o bonde da inventividade.

Fernando Bonassi (Fernando Bonassi)
Fernando Bonassi - (Crédito da Foto: Anderson Schneider)

Ademir: Você acha que o roteirista pode ser também o diretor de um filme, seguindo ao pé da letra o roteiro, ou isso não dá certo?

Fernando: È sempre bom ter alguém pra debater as idéias e o roteirista é esse profissional para o diretor. Não que seja imprescindível. Godard, cineasta do meu coração, não perdia muito tempo roteirizando.

Ademir: Até que ponto um crítico de cinema pode interferir no sucesso de um filme? Por que será que na maioria das vezes, eles são ranzinzas e amargos em suas críticas?

Fernando: A gente não cria pros críticos. Não tenho opinião sobre essa profissão.

Ademir
: O que é preciso para o Brasileiro acessar mais o cinema, teatro ou museu em nosso país? Falta incentivo?

Fernando: Falta salário decente, distribuição de renda verdadeira e não esmola de programa social.

Ademir: Você também é autor de vários livros e, qual foi a sua primeira criação, livros ou roteiros?

Fernando: Livros. Roteiros eu faço por dinheiro.

Ademir: Como autor de vários livros, por que você acha que o brasileiro lê tão pouco se comparado aos outros países?

Fernando: Porque a escola no Brasil é chata e burocrática como o judiciário e a política de um modo geral.

Ademir: Poderia fazer um breve comentário sobre o seu trabalho no teatro?

Fernando: Teatro é o lugar feliz onde encontro um grupo disposto a enlouquecer junto.

Ademir: Está trabalhando atualmente em algum roteiro?

Fernando: Sim, numa minissérie pro canal HBO latino america e Gullane Filmes, cujo conteúdo ainda é sigiloso.

Abraço;

Fernando Bonassi

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Entrevistador e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale Cardoso (conheça o administrador do cranik - Clique Aqui)
Entrevistado: Fernando Bonassi.
E nos informar pelo e-mail: webmaster@cranik.com 

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