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CINEMA, INFORMÁTICA, UFOLOGIA, LULA, TAM, CONCONHAS E ERROS ORTOGRÁFICOS 
por Ademir Pascale Cardoso - Crítico de Cinema e Editor do Portal Cranik - ademir@cranik.com
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FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA

“Existem ‘erros’ neste artigo, foram colocados propositalmente, pois pretendo agradar a todos, inclusive os que buscam meus erros.’”
Ademir Pascale

Adotei o slogan acima, após passar três dias ininterruptos, pesquisando e redigindo um artigo, intitulado "Educação Bancária, Pedagogia Libertária e a Famosa World Wide Web." Pelas estatísticas - ao acessar o plesk do meu domínio "www.cranik.com" - verifiquei que o artigo citado, do dia 09/06/07 até 28/07/07, teve exatamente 7.227 acessos e, destes inúmeros acessos, ou leitores - se preferir - , apenas duas pessoas deram seu parecer referente ao artigo, aliás, não ao conteúdo do artigo, mas sim, aos erros ortográficos. De 11.254 caracteres (com espaços) e 9.380 (sem espaços) digitados, errei duas palavras - na verdade, não foi bem um erro, mas sim, um esquecimento. - No "world" do título, digitei rapidamente e faltou o "l", ficando "word" e, em uma determinada frase do texto, ao invés de "extinto", escrevi "instinto". O ser humano erra, esquece, mas não é perdoado. Sou lingüista, tenho licenciatura plena em inglês, português e literaturas, mas não citei isso aos "críticos", pois não valia a pena, só prolongaria a conversa. Um deles, disse que tinha mais de 30 anos de jornalismo, apontou o erro do "world", mas não achou que foi um "esquecimento", mas sim, um erro mesmo. Disse que o texto estava longo demais e não entendeu o porquê usei a "Educação Bancária" no artigo - acredito que ele relacionou algo aos bancos comerciais, criticou mas não compreendeu o sentido do artigo, pois deixei claro as idéias de Paulo Freire. O outro crítico, referente ao "instinto", disse: "Corrija-se no texto, já que, nas idéias, vai ser isso mesmo: leigos tratando um assunto tão vital."

É isso, passei "três dias" pesquisando e redigindo o artigo, sinto constantemente dores ao redor dos globos oculares e na cabeça, sei que erro ao ultrapassar meus limites, passando a maior parte do dia, tarde e noite, lendo e escrevendo e, em relação ao artigo "Educação Bancária, Pedagogia Libertária e a Famosa World Wide Web", parece que o redigi apenas para receber as duas críticas negativas e desconstrutivas. Mas nem sempre foi assim, antes era pior. Lembro-me com perfeição que em 1998, eu não sabia sequer enviar um e-mail. Nesta época, era assalariado, perdi meses de almoço, devorando livros e mais livros sobre informática, até que, além do e-mail, criei e aprendi a administrar um site que, cresceu tanto, que virou um portal, recebendo cerca de doze mil usuários por dia. Aprendi linguagens e macetes e, no ano de 2004, fui considerado WebFera pela Revista W da Editora Europa (edição nº 47), depois que escrevi em apenas 25 minutos (pois estava atrasado para o trabalhado) um artigo, intitulado "Apareça no Google" que depois de alguns meses, foi plagiado por outra revista do mesmo seguimento - usaram minhas idéias e minhas palavras, mas não deram meu crédito, nem sequer citaram meu nome. Reclamei, claro, então colocaram uma pequeníssima nota com meus créditos na revista seguinte. - Hoje, pela parte da manhã, ministro aulas de “LINUX” para jovens de uma região carente de São Paulo e, nunca sequer fiz um curso de informática, pois sou autodidata. Bom, não me lembro da tiragem desta Revista W, mas acredito que deveria ser em torno de 50 mil/mês. Referente ao artigo, recebi apenas um e-mail de um leitor anônimo, dizendo: "Você é um webmaster de merda." Note como é fácil ler e ter o prazer de enviar uma mensagem para o autor de um artigo, "tentando" rebaixá-lo, denegri-lo e desencorajá-lo. Ninguém disse: "Parabéns senhor autodidata, nunca fez um curso de informática, redigiu duas páginas para umas das maiores revistas de informática do país em apenas 25 minutos e ainda foi considerado como um dos 12 WebFeras do ano de 2004."

Sempre gostei de ufologia, até que um dia, resolvi escrever artigos sobre o tema. Um dos primeiros, foi uma entrevista em inglês com um dos maiores pesquisadores do mundo sobre o tema "Crânios de Cristal" que foi tema por diversas vezes no canal Discovery Channel. O entrevistado era o holandês, Joshua Shapiro. Pretensioso e tentando dar um passo maior que a própria perna, mandei o artigo para a maior revista de ufologia da américa latina, a Revista UFO. No dia seguinte, recebi um e-mail do próprio editor da revista, Adhemar Gevaerd, dizendo que publicaria a entrevista na próxima edição impressa da revista. O artigo realmente saiu em Dezembro de 2004, na Revista UFO nº 105, com o título: "Joshua Shapiro e os Crânios de Cristal" (veja o artigo, também publicado no site da revista, no link - www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=1123 ). Depois deste primeiro artigo para a Revista UFO, escrevi dezenas de outros e, em 2006, fui convidado pelo jornalista Roberto Cabrini da Band, para um programa especial no Jornal da Noite, sobre a famosa "Área 51". Fui entrevistado por 15 minutos, fiquei cara a cara com Roberto Cabrini - a produção me ligou às 18h 30 para a entrevista e no mesmo dia, às 21h, já estava sendo entrevistado pelo jornalista. Bom, a repercussão da entrevista foi apenas um e-mail, a pessoa disse: "Se prepare mais da próxima vez que for em uma entrevista na TV, poderia tê-la aproveitado melhor." - Neste momento, relendo o que acabei de redigir, não preciso ser um autodidata para perceber que uma grande porcentagem dos seres humanos, ou brasileiros (veja bem, não estou generalizando), não gostam de elogiar, nem de sorrir, nem de agradecer, mas sim, de usarem suas armas, as que estiverem ao seu alcance e, no meu caso, usaram as palavras e o versado senhor e-mail. Mas não pense que fiquei revoltado com as críticas desconstrutivas, fiquei feliz, pois estão servindo para o insight da minha vida, aliás, agradeço, pois me tornei mais persistente.

Acredito que pessoas assim, como eu, sejam vencedoras, pois sempre que curto algo e começo a pesquisar sobre o assunto, redijo um artigo e logo depois, é publicado em algum jornal, site ou revista, isso quando não sou convidado para uma entrevista em alguma rádio ou outro canal de comunicação. Hoje, me dedico mais para a crítica cinematográfica e para o meu livro, que estou concluindo. Escrevo artigos para dezenas de sites e criei um projeto, intitulado "Vá ao cinema", destinado a levar pessoas de baixa-renda gratuitamente às salas de exibições de todo o país - no total já foram mais de cinco mil e quinhentas pessoas beneficiadas.

Um dia, me deparei com um artigo do dramaturgo "Gerald Thomas", no site "Direto da Redação". Ele dizia no artigo, que iria parar de escrever para a mídia, pois estava cansado de tantos e-mails ofensivos tentando denegri-lo. Identifiquei-me com aquele artigo e mandei um e-mail para o dramaturgo contando um pouco da minha semelhante história. Hoje, trocamos e-mails regularmente e tive o prazer de entrevistá-lo (veja entrevista no link: www.cranik.com/entrevista66.html ). - Desta vez mudou um pouco, alguns amigos enviaram e-mails construtivos (três amigos).

Será que todos que lutam por algo, todos que escancaram suas idéias para o mundo, todos que são corajosos e construtivos, são duramente e desconstrutivamente criticados e menosprezados? Comece a olhar ao seu redor, não seja um robô do sistema. Diga bom dia para os seus familiares, para o porteiro, para o manobrista, para o engraxate, para a velhinha que vende doces no ponto de ônibus e para o jornaleiro. Ao chegar em casa, não reclame, pois você tem uma casa para morar, tem sua família, tem uma esposa lhe esperando para o jantar, tem uma TV e uma poltrona para relaxar, tem um bom livro para ler e uma cama confortável para dormir. Se você tem poucos amigos, comece a sorrir freqüentemente e a dizer bom dia, boa tarde, boa noite e obrigado. Pode ter certeza que seus amigos serão numerosos.  Reclame menos e seja mais perceptível com as coisas da vida.

Bom, você deve estar se perguntando por que escrevi no título deste artigo "CINEMA, INFORMÁTICA, UFOLOGIA, LULA, TAM, CONCONHAS E ERROS ORTOGRÁFICOS." Não citei o "Lula", porque não quero perder o meu tempo, não citei a "TAM" e nem "Conconhas", porque já estou cansado de ler artigos sobre o assunto e quero respeitar as famílias das vítimas e descontrair você, caro leitor, pois notei que já estão falando muito e, alguns canais de TV, já estão se aproveitando do tema para ganharem audiência. CHEGA.

Um bom dia, uma boa tarde ou uma boa noite pra você.


Crítico
: Ademir Pascale Cardoso é crítico de cinema, ativista cultural, editor e criador do portal Cranik www.cranik.com e do projeto de inclusão social e cultural "Vá ao cinema!". Contatos para matérias em Jornais, Sites ou Revistas, e-mail: ademir@cranik.com

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